sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Maria Antonieta (filme)

Mulheres gostam de sapatos.
Gostam muito.

O homem que entender porque mulheres gostam tanto, tanto assim, de sapatos será um homem conhecedor.

Elas também gostam de flores, sobremesas gostosas, champagne, e outras coisas.
Mas de sapatos elas gostam MESMO.

Maria Antonieta é um filme que me mostrou que Maria Antonieta gostava de sapatos. Gostava muito. Como toda mulher que conhecemos.
Também vemos no filme que, em Versalhes, rolavam altas baladas. Que nem nas boates de hoje.


Não é um filme ruim, longe disso.
Mas, convenhamos, não é "Encontros e Desencontros".
Mesmo o filme todo sendo sobre Maria Antonieta, acho que a personagem de Scarlett Johansson em "Encontros e Desencontros" acabou sendo melhor explorada no final das contas. E olha que ela nem era a protagonista (era o Bill Murray).

Petrus.

PS: Pensando bem, acho que o que eu realmente não gostei tanto no filme foi a "aura de pureza" colocada pela diretora na Maria Antonieta. O filme faz meio que a apologia de que o ambiente em que ela vivia a corrompeu, ou algo assim. Ela em si seria "de boa".
Bah. Prefiro as garotas malvadas!

PS2: Kristen Dunst não foi, acho, a melhor escolha para o papel-título. Eu colocaria, talvez, Claire Danes.


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Ônibus em Sampa, eternamente um trabalho em andamento.

Desde que inventaram o Bilhete Único em SP, as possíveis rotas para se chegar e sair do trabalho têm se expandido em número exponencialmente em minha vida.
Hoje fiz algumas descobertas incríveis neste setor, no quesito "retorno do trampo".

Veja bem, os dois pontos eqüidistantes mais próximos de onde trabalho tem, um, um ônibus que passa freqüentemente mas sempre lotado, e o outro possui um ônibus que geralmente está vazio mas que demora uns 15 minutos parado enquanto o motorista descansa.
Ambos fazem praticamente o mesmo trajeto. Isto envolve uma avenida MUITO lenta devido ao congestionamento na hora do rush.

Devido a este último fator, ultimamente eu caminho cerca de 1 ou 2 quilômetros para pegar um destes ônibus mais à frente, sem encarar este trânsito.
O fato é que, neste dito ponto 1 ou 2 quilômetros distante, passam vários outros ônibus. Só 3 que posso pegar lá me levam até em casa, porém todos eles passam por um ponto onde eu posso descer e pegar 1 de 7 linhas de ônibus que me levariam para casa.

Me acompanharam até aqui? Ok. Bem, eis que naquele ponto distante do trampo, onde só 3 ônibus me servem, eu pego um que NÃO serve voluntariamente. Minha idéia era descer no ponto dos 7 ônibus.
Mas o ônibus passa pelo ponto e eu não desço. Tenho vontade de ver onde, afinal, este busão me levará.

Pois bem, qual não é minha grata surpresa quando ele me leva em meros 15 minutos a uma localidade que, com um dos ônibus que eu costumo pegar, eu chegaria em 45 minutos!
Mais vezes pegarei este tal busão que só hoje peguei!

Mas esta história incrível continua!
Veja bem, eu decidi que iria caminhar a pé o resto do trajeto até em casa. Eu poderia pegar outro busão de graça e caminhar menos, mas agrada-me caminhar.

Bem, eis que em minhas andanças eu percebi que moro razoavelmente perto do "Leona Pizza Bar".

E o que seria o "Leona Pizza Bar".
Bem, apenas um "Pizza Bar" em forma de Catedral Medieval.
Com direito a decoração incluindo vitrais.

Alguém doar-me-ia um fígado?!

Petrus.


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segunda-feira, 20 de agosto de 2007

X-Men 3 (filme)

Fazia tempo que eu queria ver este filme. Afinal, ele foi absoluto sucesso de bilheteria, fez alguns duvidarem que Bryan Singer (diretor de X-MEN 1 e 2, produtor de HOUSE, e um cara que eu respeito) deveria ter feito "Superman - O Retorno" ao invés de ganhar $$$ com X-Men 3, e ainda por cima foi lançado proximamente de Missão impossível 3, o melhor da série e que provou que "terceiros filmes" podem ser bons.

Depois de ver X-MEN 3, confesso que não o achei melhor nem que o primeiro ou o segundo. Mas o filme não é ruim, apesar disto.

Fiquei pensando porque eu não gostei tanto assim desta terceira edição. Acho que a resposta oferta uma pequena lição sobre as artes cinematográficas:

Provavelmente o erro de X-Men 3 é figurar uma legião de mutantes "genéricos". Eles aparecem no filme agindo como humanos normais a maior parte do tempo, só lançando um poderzinho aqui e a acolá de vez em quando.

Acho que o que o público gosta de ver nos filmes hoje são personagens bem-desenvolvidos, mais do que tramas com um monte de gente "desconhecida". Mostrar um X-Men usando seu poder duas ou três vezes costuma ser mais interessante do que vê-lo o usando uma vez enquanto uns cidadãos sem nome usam os seus uma ou meia vez.

Além disto, Hugh Jackman pareceu meio "sem vontade de atuar" neste filme. Depois de o ver em "Fonte da vida", dele esperava mais.

Enfim, no final das contas minha opinião neste filme vale pouco. Este filme foi visto por milhões. "Fonte da Vida" e "No covil do meu pai" foram vistos acho que por mim e pelos seus diretores, então minha porcentagem no comentário acaba sendo maior.

Petrus.


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sábado, 18 de agosto de 2007

Cartas na Mesa (filme)

Re-assisti este filme hoje, e acho que ele merece ser mencionado.

Pergunte para qualquer brasileiro que tenha visto o filme e ele provavelmente dirá que é um excelente filme. Foi meio com surpresa, então, que eu descobri que nos EUA o filme não deu muito $$$, sendo dado de brinde em certas lojas com a compra de um DVD (o que geralmente é reservado a filmes ruins).

Temos aqui Matt Damon, Edward Norton, John Turturro, Famke Jansen e John Malkovich em um filme de jogos de cartas, cheios de tiradas espertas sobre as cartas e a vida. Ou seja, como se não bastasse termos um excelente elenco, temos um roteiro excelente também.

Comprei este filme num sebo por uns 3 reais, talvez 2. Veio com Trailers de filmes interessantes (se bem que hoje antigos) como "medo e delírio" (de Terry Gilliam) e "Wonderland" (com Hope Davis), dois filmes que não vi mas quero ver.

Enfim, filme interessante e que recomendo.

Petrus.


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quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Conflito de ideais.

Matt Damon, em entrevista sobre seu filme "Ultimato Bourne", comparou seu personagem a James Bond:

"Bond é um imperialista que tem aversão às mulheres, mata pessoas e ri, bebe martini e faz piadas", afirmou o ator. "Bourne é um monogamista cuja namorada está morta e ele não faz nada exceto pensar nela."

(link)

Interessante. Bem pensado.

Se bem que isso explica porque James Bond parece sempre feliz e Jason Bourne não.

Petrus.


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O Operário (filme)

O Operário é um filme feito com capital espanhol para o público dos EUA. O nome original é "El machinista", mas geralmente você vai encontrá-lo sendo referido como "The Machinist", em inglês mesmo.
Este filme me lembrou um outro grande filme espanhol, "Intacto": ambos são filmes inerentemente malucos, que prendem sua atenção porque você quer por que quer saber qual o motivo da maluquice toda. E quando surge a explicação, ela é bastante satisfatória e meio genial.

É um filme bem legal, muito interessante, e que eu recomendo.

Mas espere! Mais satisfatório do que apenas ver o filme foi descobrir o enorme empenho feito na realização do filme!

- O filme foi rodado todo em Barcelona. Porém, como era para ser uma história passada nos EUA, a equipe decidiu remodelar TUDO o que fosse possível para que a paisagem parecesse estadunidense. O resultado é um filme que genuinamente só poderia dizer que foi rodado na Espanha porque o Making Of falava disso.

- O personagem principal é interpretado por Christian Bale, o que fez "Batman Begins". Não apenas ele está novamente fazendo um excelente papel, mas ele se mostra o ator mais empenhado em sofrer por um papel no mundo. Para fazer este filme, ele perdeu TRINTA QUILOS, com uma dieta diária apenas de uma lata de atum e uma maçã.

- Ele perdeu TRINTA QUILOS porque a equipe de produção não deixou ele perder mais, por motivos de saúde. Se dependesse dele, ele teria perdido QUARENTA QUILOS.

Eis aí uma obra feita com amor e dedicação. Isso merece minha atenção!

Petrus.

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domingo, 12 de agosto de 2007

Fonte da Vida (filme)

Filme do mesmo diretor de "PI" e de "Requiem Para um Sonho", um bom pedigree para início de conversa. Para melhorar, temos Hugh Jackman e Rachel Weisz contracenando ao som do Kronos Quartet.

Existem filmes que deixam de lado o roteiro e o realismo para se concentrar em algum aspecto diferente da experiência cinematográfica. Um exemplo disso é "300", que usa técnicas de fotografia inovadoras para mostrar basicamente um monte de gente se matando.

Muito mais interessante do que ver "300" e a glória de uma tela azul e computação gráfica é ver "Fonte da Vida".
Para começar que a história dramática não envolve gente se matando e sim o eterno duelo da humanidade contra a morte e a vida. Este filme é altamente filosófico e cheio de possíveis interpretações para suas imagens e frases de efeito.

Em segundo lugar, as imagens deste filme e sua fotografia podem muito bem fazer deste o filme mais bonito de todos os tempos. Acha um exagero? Claro que você acha, você ainda não viu "Fonte da Vida"!

Os efeitos que parecem ter sido feitos em computador na verdade não foram. O diretor achou bizarrices melhores para substituir o PC: reações químicas vistas em microscópio, maquetes gigantes de árvores e pirâmides maias, miniaturas e doces em forma de vegetação comestível.

Junte a isso:
- Trilha sonora do Kronos Quartet
- O melhor uso de efeitos de Luz em um filme de 2006.
- Uma absolutamente excelente atuação de Rachel Weisz ao lado de Hugh Jackman.
- Um Making Of quase tão bom quanto o filme em si.

Eu ainda não fiz uma lista de "top 10" filmes deste blog. Se um dia eu fizer, ou "Fonte da Vida" estará lá, ou o cinema terá se tornado MUITO MUITO bom para produzir 10 obras que empurrassem fora da lista este filme.

Petrus.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Frase de um vendedor ambulante.

Hoje, quando cheguei do trabalho, vi que meu pai tinha comprado um pacote de balas dentro de um saquinho típico daqueles que vendedores ambulantes colocam em espelhos retrovisores de carros em semáforos.
Segundo ele, ele comprou o pacotinho apenas pela frase dentro do tal saquinho:

"Embora ninguém possa voltar atráz (sic) e fazer um novo começo todos podem começar agora e fazer um novo fim."

Não posso deixar de achar que é uma bela frase.

Petrus.


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sábado, 4 de agosto de 2007

Transformers (filme)

Finalmente, fui ao cinema ver este filme, e desta vez consegui comprar um bilhete antes das vagas se esgotarem.

Na primeira cena do filme, já vemos um robô gigante destruindo sozinho uma base militar inteira dos EUA. Não poderia haver melhor começo para este filme. Afinal, não era justamente para ver robôs gigantes destruindo tudo que nos leva a ir ver este filme?!

Mais do que isto, Transformers é um filme que começa genialmente. É empolgante e engraçado ao mesmo tempo. O personagem humano principal, interpretado por Shia LeBouf (que você provavelmente nunca ouvi falar) esta MUITO BOM. Eu nunca imaginaria que encontraria neste filme um personagem tão bem colocado, ainda mais humano. Ele representa basicamente a juventude de qualquer um de nós que se lembra de ter brincado com transformers ou qualquer coisa que lembre um robô gigante. Não é à toa que rolou o maior bafafá sobre o papel deste rapaz, ele realmente rouba a cena.

O desenrolar do filme em geral é bastante bom e satisfatório. É um trabalho muito bem feito e eu não imaginava que o filme ficasse tão bom quanto realmente ficou. Foi uma grata surpresa.

Para não dizer que tudo são as mil maravilhas, acho que faltou neste filme uma coisa que seria simples de colocar: mais tempo de tela para os robôs gigantes do mal (os Decepticons). O desenho animado tinha o mérito de mostrar os dois lados do conflito, os "bons" e os "maus", de forma bastante detalhada. Claro que não daria para comprimir um desenho de 4 anos em 1 filme só, mas em todo caso os robôs do mal mereciam receber mais atenção. Queria ver mais do "Megatron" (o vilão da história).

E aliás, os rôbos gigantes podiam interagir mais entre si e deixar os humanos mais de lado. O personagem do Shia LeBouf é muito divertido, mas no final o que queremos ver são os robôs se estapeando e usando os prédios em volta como porretes.

Petrus.


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quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Segundo a BBC, Titanic é o pior filme da história.

É o que diz esta matéria. Lá também estão listados AI-Inteligência Artificial e Pearl Harbor como os segundos e terceiros piores filmes.

Obviamente, as pessoas que votaram não assistiram "O Homem-Puma".

Posso concordar com Pearl Harbor e AI, mas falando sério, "Titanic" como pior filme?! As pessoas que lucraram com o $1.000.000.000 de bilheteria do filme discordam.

A história pode ser pura pieguice e a música do filme pode ter irritado todo mundo, é verdade. Mas suas seqüelas a longo prazo foram deveras positivas:
- Leonardo diCaprio e Kate Winslet foram acabar fazendo filmes como "Prenda-me se for capaz", "Os Infiltrados" e "Brilho eterno de uma mente sem lembranças". Longe de ser um mau currículo.
- Os efeitos especiais do filme abriram caminho para a realização de vários outros filmes que, francamente, sem efeitos especiais não seriam "factíveis" direito. Para bem e para mal.
- E se você é fã de filmes alternativos, ou dos do Lars Von Trier e seu grupo DOGMA, pense bem: não é justamente a proeminência de "blockbusters" como Titanic que fazem estes filmes ter graça?!

Mas chega de defender "Titanic", que por outro lado também está longe de merecer um prêmio de "melhor filme".
Para falar a verdade, pior do que escolher "Titanic" como pior filme é eleger "De Olhos Bem Fechados" como nono pior. Francamente, britânicos, vocês não possuem hormônios?!

Petrus.


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