Durante suas muitas viagens, aquele padeiro pirata tinha aprendido diversas técnicas, de várias regiões, de se fazer café. Muitas das passagens de sua vida aquele homem não se recordava. Mas do café, ah, isto sim ele se recordava. Sempre. E como o café em si, produto de seus rituais, auxilia o pensar do ser humano, também o ritual que antecedia seu consumo auxiliava o pensar daquele ser humano em particular. Bastava o padeiro pirata re-fazer um cafezinho da mesma maneira a qual ele fez um café na ocasião que estava tentando lembrar, e ele logo se recordava de todo o acontecido.
E depois de pronto mais um bule de delicioso café à moda eslovena, o padeiro pirata recordou-se do ocorrido.
- Ah! Sim! Realmente, foi em Liubliana que eu, aquele cão croata e aquele pantagruélico palestino cruzamos nossos caminhos! Eu me lembro bem cruzávamos o rio Liubliânica, que corta a capital eslovena tal como um grande médico corta com seu bisturi a carne a ser operada, pelo dia e pela noite, zelosos para que nossas visões que, unidas, davam apenas uma e meia, não deixassem passar em branco quaisquer atividades deveras negras.
- Entendo, entendo, Alberto. Mas, antes de você continuar suas histórias passadas na Eslovênia, você pode me dar um pouco do café que você acaba de preparar?!
- Hora, hora, meu caro amigo, como atreve-se a interromper-me no meio de uma lição de vida tão importante quanto aquela que agora mesmo você iria escutar?
- Bem sabes, Alfredo, que quem vem à padaria procura ou café ou, os desajustados, pão. Deixe as lições de vida para a vida. E me dê o café.
- Bah! Sois impertinente! Saiba que só lhe partilho este café porque conheço-lhe de longa data, e sei que através desta barba mal-feita que lhe afigura o rosto já passaram diversas histórias devida a ponto de eclipsar a que eu estava prestes a lhe contar!
Na verdade Alfredo deixava seu cliente beber o café porque iria precisar dos cinqüenta centavos que ia lhe cobrar por ele.
E depois de pronto mais um bule de delicioso café à moda eslovena, o padeiro pirata recordou-se do ocorrido.
- Ah! Sim! Realmente, foi em Liubliana que eu, aquele cão croata e aquele pantagruélico palestino cruzamos nossos caminhos! Eu me lembro bem cruzávamos o rio Liubliânica, que corta a capital eslovena tal como um grande médico corta com seu bisturi a carne a ser operada, pelo dia e pela noite, zelosos para que nossas visões que, unidas, davam apenas uma e meia, não deixassem passar em branco quaisquer atividades deveras negras.
- Entendo, entendo, Alberto. Mas, antes de você continuar suas histórias passadas na Eslovênia, você pode me dar um pouco do café que você acaba de preparar?!
- Hora, hora, meu caro amigo, como atreve-se a interromper-me no meio de uma lição de vida tão importante quanto aquela que agora mesmo você iria escutar?
- Bem sabes, Alfredo, que quem vem à padaria procura ou café ou, os desajustados, pão. Deixe as lições de vida para a vida. E me dê o café.
- Bah! Sois impertinente! Saiba que só lhe partilho este café porque conheço-lhe de longa data, e sei que através desta barba mal-feita que lhe afigura o rosto já passaram diversas histórias devida a ponto de eclipsar a que eu estava prestes a lhe contar!
Na verdade Alfredo deixava seu cliente beber o café porque iria precisar dos cinqüenta centavos que ia lhe cobrar por ele.
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