Muito bem, garotada, chegou o momento que todos esperavam! Vou fazer meu comentário sobre "330"!
Primeiro, vamos falar das bobagens que não interessam, como roteiro, direção e fotografia do filme.
A fotografia do filme é fantástica. Realmente coisa de Oscar. A indumentária dos espartanos ficou bacana, a dos persas também. Os Imortais em grupo ficaram bem legais, e deviam ter aparecido mais no filme. Rodrigo Santoro pode ficar orgulhoso, pois afinal a representação feita de Xerxes ficou muito legal. A pompa toda que se esperaria da comitiva do deus-imperador ficou, em geral, pomposa e luxuosa sem ser brega.
Dizem que imagens valem por mil palavras. Se isso é verdade, não sei, mas valem mais que as palavras do filme.
As melhores linhas de diálogo ficaram com... Rodrigo Santoro! Sim, para quem reclama que ele não fala nada em seus filmes estadunidenses, aqui está a sua vingança.
Infelizmente, porém, isso acontece não porque Rodrigo é bom, e sim porque os diálogos são HORRÍVEIS. O que os diálogos falam exatamente não é o problema, isso é adequado. O problema é COMO os persongens falam suas linhas. Façamos a comparação:
Santoro:
Não preciso matar vocês. Basta que você se ajoelhe perante mim.
O que Leônidas (rei de esparta) responderia, se fosse eu fazendo o diálogo aqui:
Não vamos nos render. Preferimos jantar no inferno.O que Leônidas responde no filme EFETIVAMENTE:
Mas isto é Esparta! A cidade máxima da grécia! Nossos filhos irão se colocar a plantar as sementes de futuras grandes conquistas neste solo sagrado encharcado com o sangue de meus 299 colegas, a quem eu jurei fidelidade até o fim, e blablablablabla...
...blablabla não vamos nos render!
Santoro (como ele fala no filme):
É uma pena. Recusaram a oferta de um Deus generoso.
Esqueceram que shakespeare fazia tragédias, não filmes de luta.
Quem mais sofreu na repartição das falas foi a maravilhosa Lena Headey. 100% de suas falas são feitas para shakespeare, não "300".
E agora vamos falar do que interessa, da porrada.
Então, o filme basicamente faz bem neste sentido. Imaginei que o filme se pareceria como um videogame. E parece, realmente. Eis aqui mais um momento em que ouso sugerir falas alternativas:
Fala no filme:
Espartanos! Agora começa a nossa luta pela nossa liberdade! Hoje, todo espartano é um rei!
Fala que eu acho mais apropriada:
Press Start!
E que tal este dito videogame? Até que é um videogame razoavel. Pense por exemplo em clássicos como Final Fight, Streets of Rage, Golden Axe, etc. São jogos em que basicamente você dá porrada em um bando de inimigos que vem surgindo enquanto você e um amigo (porque este jogos são mais legais em dupla) vão avançando no nível, em que aparecem cada vez mais inimigos mais fortes para você bater.
O detalhe é que em qualquer jogo que se preze, além dos inimigos genéricos, você tem os chefões. E, francamente, o melhor de um video-game são os chefes! E um bom chefe sempre tem alguns atributos básicos: são grandes, são muito fortes, tem alguma arma ou habilidade muito louca, precisam ser socados e fustigados muitas e muitas vezes mais do que o seu personagem aguenta, sempre vão roubar uma ou duas vidas suas enquanto você não descobrir como funciona o ataque especial dele, e acima de tudo eles te dão um enorme senso de satisfação quando você finalmente os mata.
"300" tem muitos inimigos genéricos. Mas chefes, que é bom, tem poucos. Tem, por exemplo, o super-imortal, um cara grande, feio e incontrolável, que mata persas e espartanos sem pestanejar. A batalha entre leônidas e este chefão é até legal, passa no teste. Mas este é só o primeiro chefe. Os chefes que vêm depois deveriam ser mais legais ainda! Não é o caso. A batalha contra o rinoceronte gigante podia ser muito, muito louca. Mas é desapontadoramente rápida. Os elefantes gigantes roubados de "Senhor dos anéis", então, tem vida na tela menos tempo ainda. Morrem tão rápido e de forma tão ridícula que de certa forma aquela cena besta em que o elfo mata o Olifante sozinho parece quase elogiosa.
Enfim, faltaram os chefes legais. Seria interessante se Rodrigo Santoro matasse algum espartano à la Darth Vader. Daria um chefão final legal.
Então, chegamos aqui. Enfim, digo que este filme é recomendado, ou não?!
Eu estava meio em cima do muro e pendendo para o "não", porém...
Vamos aos extras!
Como disse anteriormente, fui ver este filme com a mamãe. Afinal é quase uma comédia romântica. Ela adorou.
O que ela mas falou do filme?
"Nossa, como estes espartanos são bonitos musculosos, não?!"
Realmente, os coitados dos atores do filme tiveram de malhar como espartanos, os seus músculos devidamente desenvolvidos são reais. Merecem os parabéns.
Respondi para ela:
"Olha, cá entre nós, prefiro as mulheres!"
"Em especial a esposa do Leônidas!"
Que fique clara uma coisa, este filme bem que faz uma séria crítica ao puritanismo. Não só o filme pipoca aqui e ali uma crítica ao "misticismo" (os sacerdotes todos do filme são considerados vilões), mas há ainda uma espécie de cena de pedofilia entre um sacerdote e uma belíssima ruiva de 16 anos. E sim, rolam peitinhos.
Peitinhos é pouco, mais para o fim do filme temos a cena do harém do nosso amigo Rodrigo Santoro. Aí rolam peitinhos e peitões.
E para finalizar, o momento definidor do filme: SEXO PRATICAMENTE EXPLÍCITO COM A LENA HEADEY. Melhor que o cine privé! Tem peitinhos! Tem gemidos! Tem VÀRIAS POSIÇÕES (tem mesmo)! TEM A LENA HEADEY!
Ei... porque você parou de ler e foi comprar este ingresso?! Querer comprar ingresso do filme tudo bem, mas... com uma mão só?!
Petrus.
PS: Falando sério, cena de sexo, tudo bem, normal. Peitinhos, beleza. Gemidos, bem, se forem necessários até passa. Mas VÁRIAS POSIÇÕES?! Aí já é pornô mesmo!
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