terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

F-14 Tomcat e a Filosofia.









O F-14 Tomcat é um avião de combate da Marinha estadunidense, que é basicamente a instituição mais poderosa militarmente do universo conhecido, ao menos se contando suas armas, números e tecnologias disponíveis.
Para a maior parte das pessoas, este avião é lembrado como aquele que era pilotado por Tom Cruise em "Top Gun".

Certamente, até os dias de hoje, é uma máquina de guerra notável. Pode carregar diversas armas variadas, possui uma altíssima velocidade de vôo, e por por poder operar de um porta-aviões se torna capaz de se mobilizar para atuar em qualquer parte do mundo em poucos dias, senão poucas horas.

Esta incrível máquina de guerra esta sendo aposentada pela Marinha estadunidense. Porquê?!

Porque perdeu sua razão de existir.

Qual era então esta razão? Simples: o Míssil AIM-54 "Phoenix".





Esta arma só podia ser lançada a partir de um avião F-14. Tal míssil pode eliminar um alvo supersônico a centenas de quilômetros de distância. Basicamente, os pilotos do F-14 podem usar seu míssil Phoenix para abater um avião hostil antes talvez do mesmo ter alguma chance de atacar seu opositor. Ou pode derrubar algum bombardeiro inimigo antes que ele possa descarregar sua carga.

O míssil Phoenix custa, cada um, US$1.000.000. Isto, meus amigos, é caro.
Por muito tempo este foi o único míssil que fazia o que fazia. Mas hoje seu lugar foi tomado por uma versão avançada do Míssil AMRAAM. Digamos apenas que este míssil tem uma qualidade que o Phoenix tem (derruba aviões supersônicos inimigos a enormes distâncias) e de quebra tem outras duas:

- Cabe em mais de um modelo de avião.
- É mais barato que US$1.000.000.

Assim, aposenta-se o míssil Phoenix.
E se aposentando o Phoenix, se aposenta o F-14.

...

E o que há de filosofia nisto?

Um F-14 custa mais que Us$1.000.000, bem mais! E é mais formidável do que a maior parte dos outros aviões de combate no mundo. Duvido que o Brasil tenha sequer um avião operacional que seja superior ao F-14 como máquina de guerra.
Porém, quando o assunto é guerra no ar... o que importa são os mísseis!

Quantas vezes você se imaginou como piloto de avião?
E quantas como projetista de mísseis?

Deixo no ar minhas indagações.

Petrus.

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