sábado, 31 de março de 2007

Onze Homens e um segredo - o original (atendendo a pedidos)

Um de meus fiéis leitores me pediu para comentar este filme, então vamos lá.



Hoje mesmo li um quase-blog em que pediram a uns pseudo-intelectuais para que eles dissessem quais eram seus remakes favoritos e menos favoritos. Eu diria, apesar de certamente ser bombardeado por gente que discordaria, que no momento meu remake favorito é o de "12 homens e uma sentença" feito em 1997 para a TV. Afinal, este remake atualizou uma boa história com personagens mais ligáveis a nosso mundo de hoje do que os personagens do filme da década de 1960.

Entre muitas boas opiniões, um dos remakes favoritos de um ser lá era o de "11 homens e um segredo" estrelado pelo George Clooney. O besta disse que "nem vi o original, mas este remake deve ser melhor".



Não é.



Veja bem, o original "11 homens e um segredo" envelheceu um pouco, eu diria. Matt Damon + George Clooney + Brad Pitt + Don Cheadle + etc fazem hoje realmente mais impacto, por si só, que o rat pack dos anos 60. Nos anos 60 eles eram os reis. Mas hoje, os reis são outros, e Gente como Don Cheadle (Hotel Rwanda) e George Clooney (Boa noite e boa sorte) já possuem cacife suficiente para duelarem, talvez até baterem, Sinatra e Sammy Davis. Mas claro que não na música.



Por outro lado, o original ganha do remake no quesito "técnicas de esperteza". Os caras dos anos 60 não tinham acesso a tranqueiras tecnológicas para roubarem a banca, o negócio deles é mais na raça. E é mais divertido ver os ladrões se dando bem na cara-dura do que apertando o botão certo.



Mas essa discussão toda é quase fútil. Porque o original tem algo que o remake podia ter tido, mas idioticamente deixou de ter.



O final do "11 homens e um segredo" original é INESQUECÍVEL! Repito: INESQUECÍVEL!



Dizer que é um final que vai para o "TOP 10 FINAIS" é besteira. Este vai direto para o pódio. Se não for um dos três melhores finais de filme da história, é porque está dividindo o pódio com alguma preciosidade.



É isso.

E quanto aos outros pedidos que me fizeram até agora: eu não vi estes filmes mencionados. Desculpo-me por hora.



Petrus.





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Happy Feet (cena de filme)

Meu pai alugou "Happy feet: o pinguim" para assistir. Eu não quero ver este filme porque ele é inspirado em "A Marcha dos Pinguins", e eu achei este filme uma tremenda oportunidade perdida.



A "Marcha dos Pinguins" é um filme que facilmente podia ser magnifíco. Afinal, de um lado das lentes você tem os incríveis Pinguins que são uma das odes máximas à evolução das espécies. Da outra você tem uma equipe de filmagem que deve ter sofrido terrivelmente com o gelo antártico, o frio e os pinguins rebeldes, além dos predadores astutos dos pinguins, tudo em nome do cinema, pessoas que em si são uma ode à arte e à humanidade.



Aí você pega isso e faz um filme infantil. Da sessão da tarde.

Para adicionar ao desperdicio, você faz todas as falas do filme serem repetidas 3 vezes e dubla a versão brasileira com Patrícia Pillar, Antonio Fagundes e um garoto MUITO IRRITANTE.

Ah! E daí você faz um making of do filme que só fala DOS NARRADORES DO FILME.



Quanto ao happy feet: a única cena que prestei atenção tinha um pinguim feito em computador cujo sapateado soava muito melhor do que a animação do sapateado, meio sem graça e que não acompanha o som feito.



Petrus.






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O Clone (à ton image) (filme)

Eles devem ter dado este título em português para ganharem um troco comparando o filme à novela.



O filme é protagonizado por Cristopher Lambert. Isso significa que é ruim. (só highlander 1 deu certo com ele)



Ele e sua esposa, Nastasja Kinski (clone européia da Courtney Love) são um casal que não conseguem ter filhos. Como adotar uma criança chinesa ou africana é algo estadunidense demais, ele decide fazer um clone da esposa sem contar para ela.



Como se pode adivinhar, ter uma vida normal e de buenas não é uma opção para clones.



Atenção, pais de clones: lembrem-se sempre que, se seu filho é seu clone, quando eles tiverem entre 8 e 12 anos eles vão querer te matar.



Petrus.





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sexta-feira, 30 de março de 2007

Democratas (DEM)

Os Alquimistas Democratas estão chegando!



Eis que o PFL decidiu mudar de nome! Com o fim da necessidade dos nomes dos partidos terem "partido" no nome, o partido deles se chama agora "Democratas"!

Que jogada brilhante! Agora, quando o PT tiver que trocar de nome, só vai sobrar "Republicanos"!



Eles podiam ter sidos mais originais. "Feudais" caía melhor para o PFL.



Se bem que, quando o "Partido Democrata" dos EUA surgiram, eles eram o partido dos brancos escravistas. É, assim faz sentido.



Petrus.





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Wine Blues (Wein Blaus)

É sexta de noite...



Bebi um gole de vinho...



Já anseio pelo segundo...



Petrus.





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quarta-feira, 28 de março de 2007

Update - In my Father's Den + O clube do Bangue Bangue

No Post anterior, falei do absolutamente excelente filme "O covil do meu pai", cujo nome em português foi rdiculamente colocado como sendo "Um Refúgio no passado".



No filme, as fotos do personagem principal, que é fotógrafo de guerra, foram originalmente tiradas por membros do "Clube do Bangue Bangue", grupo de repórteres de guerra que cobriram a quase-guerra-civil que ocorreu na África do Sulno fim do Apartheid.



Li o primeiro capítulo do dito livro e posso dizer que a leitura é chocante.

Definitivamente um livro que eu gostaria de ler inteiro. Um dos melhores motivos para me fazer voltar a Londrina, já que a biblioteca da UEL tem várias cópias deste livro.



Petrus.





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terça-feira, 27 de março de 2007

Um refúgio no passado (My father's Den) (filme)

Meu pai precisava alugar 6 filmes na locadora para pagar o preço promocional. O sexto era este filme, cujo nome em português para variar é horrível. "Um refúgio no passado" é muito menos interessante do que "O Covil do meu Pai".



Pus este filme para rodar meio contrariado. Só fui vê-lo porque era o último dia hoje da locação do filme e alguém tinha de o ver para o preço pago não ser à toa.

Achei no começo que era apenas mais um filme Neo-zelandês sobre a típica história do homem frio e calculista que volta a sua cidadezinha e descobre os prazeres do afeto humano, e mais aquela pieguice toda.



Bah, ledo engano! O filme dá toda a pinta que vai seguir esta linha no começo do filme. Mas não segue. Na verdade segue uma linha que o faz se tornar um filmaço. Excelente!



As coisas começam a mudar no filme quando surge a personagem que parece uma Bjork com olhos mais normais. Ela parece no começo que vai ser a típica palhaça colocada no filme para darmos umas risadas. Que surpresa, ela é a protagonista! E que protagonista, por sinal. Um personagem interessantíssimo. Todos que verem este filme vão se ver um pouco nela.



Igualmente temos o ator principal, o protagonista masculino, o cara que aparece na capa do filme. É um ator que você nunca ouviu falar e que faz você se sentir enganado quando vê a capa do filme, porque você pensou que estava alugando um filme do John Cusack e não deste sósia desconhecido dele. Seu personagem no começo do filme parece que vai ser o típico homem duro e com coração de pedra da cidade grande que vem para a cidade pequena e vai eventualmente descobrir o amor e blah blah blah.

Mas aí o filme vira a moeda totalmente. Você descobre que na verdade o rapaz da cidade grande é o único com bom senso em um mundo virado e ponta-cabeça, e a cidade pequena em que ele se meteu é na verdade a Dogville da Nova Zelândia.



E além destes personagens fantásticos, temos um grande trabalho de direção e roteiro. Flashbacks que misturam de forma perfeita passado e futuro. Sequências mudas, só com imagens e música, em que o diretor consegue mostrar tudo o que passa na cabeça do personagem, bem como tudo o que aconteceu em seu passado e que você só pode tentar adivinhar.



Como se não bastasse esse filme que começa mal e no meio fica excelente, no final temos uma surpresa da magnitude da de "Sexto Sentido". O lado bom é que isto é uma daquelas coisas que te faz sentir recompensado de ter visto o filme do começo ao fim.

O lado ruim é que, do jeito que a coisa vai, você sai da sessão de cinema como se tivesse acabado de assistir "Uma verdade Inconveniente" mesclada com uma certa cena especial de "Irreversível".



Não é para os fracos de coração. É, isso sim, para os amantes do cinema.



Petrus.





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segunda-feira, 26 de março de 2007

Flores Partidas (Broken Flowers) (filme)

Já vi este filme a algum tempo, mas ele passou no Telecine e dele me lembrei.



Um Road Movie levado magistralmente por Bill Murray no ápice da carreira. Ao seu lado, Jeffrey Wright igualmente com a bola toda. Para completar, todas as atrizes que fazem os papéis secundários são de primeiríssima linha: Julie Delpy, Jessica Lange, e até Sharon Stone fazendo bonito.



O que acho interessante é como os diversos momentos de silêncio do filme falam alto. Os cenários deixam no ar muitas possibilidades sobre o que pode ou não ter acontecido no passado dos personagens. Excelente para conversas de bar.



E para completar, uma trilha sonora de cinco estrelas. Destaque para o jazz do Etíope Mulatu Astaké.



Petrus.



PS: Rodrigo, se ler este post, saiba que acho que a trilha do filme está num dos CDs que entreguei-lhe.





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domingo, 25 de março de 2007

As Loucuras de Dick & Jane (filme)

O nome original do filme é "fun with Dick & Jane" (Divertindo-se com Dick & Jane). É totalmente um nome de um filme que só serve para você ter "fun", se divertir.



É um filme do Jim Carrey voltando às origens, fazendo caretas em situações bizarras. A paródia aqui é com o que aconteceu com a Enron.

O personagem de Jim é um rapaz que trabalhava para uma empresa que falsificou dados e faliu. Então ele ficou miserável e virou portanto um criminoso.

Vale notar que quando Jim Carrey era criança, sua família também chegou a ficar miserável. Ele chegou a morar em uma tenda no quintal de sua tia.



Destaque para os extras do filme. As cenas excluídas são engraçadas, e uma das entrevistas é especialmente boa, uma em que Jim Carrey e Tea Leoni falam sobre como é fazer uma cena de amor em frente a uma camera.



Petrus.





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Pauly Shore está morto (filme)

É engraçado ver o enorme número de celebridades e comediantes famosos que toparam fazer esta versão estadunidense de "Hermes e Renato", só que sem perceber que piadas baseadas na palavra "fuck" perdem a graça na décima oitava vez.



Petrus.





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sábado, 24 de março de 2007

Caminhos Alternativos para a História, em Video Games

Um tema que sempre achei interessante são propostas de "histórias alternativas". E se um momento da história acontecesse de forma diferente do que historicamente aconteceu?



A seguir, dois bons jogos, excelentes de se jogar, que trabalham com o tema. Um eu acho que é mais ousado que o outro ao oferecer uma história laternativa. Descubra qual deles.



Primeiro:

História: Na década de 1930, com a crise econômica, as potências ocidentais estavam com medo que parte do mundo se juntasse à URSS e virasse comunista. Isso deu espaço para que Hitler construísse a máquina de guerra Alemã sem ser questionado pelo ocidente, levando depois à segunda guerra mundial.



História Alternativa: E se Hitler não tivesse chegado ao poder na Alemanha?



Jogo: Trata-se de "Red Alert", para o PC, em que na europa sem Hitler o jogador pode jogar ou como a URSS totalitarista de Stalin ou como uma aliança européia Anti-URSS para decidir se a Europa vai tomar o rumo do capitalismo ou comunismo.



Segundo:





História: No Japão feudal, no ano cristão de 1542, um expedição Portuguesa chegou no Japão. Foi o primeiro contato entre Japoneses e Europeus na história. Com o encontro, os Japoneses descobriram o que era o Cristianismo e também aprenderam sobre como usar a pólvora como arma de guerra. Ela foi inventada na China, mas foi via Portugal que os Japoneses a conheceram de fato, e com isso a maneira de se fazer a guerra no Japão mudou muito. Nesta época ocorria uma guerra civil no Japão, onde Oda Nobunaga (que usava e abusava da pólvora na guerra) estava tentando conquistar todos os feudos japoneses para virar Xogun e uma aliança Anti-Oda se formava para o impedir.



História Alternativa: E se os lusitanos de 1542, ao invés de ensinarem aos japoneses apenas a como construir mosquetes e canhões primitivos, também ensinassem eles a construírem máquina a vapor, zeppelins e de quebra ROBÔS GIGANTES?!



O jogo: Trata-se de "Robo Aleste" do SEGA CD, onde temos que Oda Nobunaga se encontra encurralado pela aliança Anti-Oda e seus exércitos de CENTENAS de robôs gigantes e zeppelins. O jogador precisa salvar seu mestre tomando o controle do ROBÔ GIGANTE NINJA chamado "Aleste", atirador de FACAS, GRANADAS, LASERS, BOLAS DE FOGO, e ESTRELAS NINJAS, e vencer TODO O EXÉRCITO DE ROBÔS GIGANTES JAPONESES INIMIGOS, SOZINHO.



Veja o vídeo de apresentação do dito jogo, em inglês, se você acha que esta "história alternativa" só pipocou em minha mente. É uma aula de história, com informações corretas, ao menos nos pontos em que não se fala de robôs gigantes. O legal deste vídeo é ver a animação do narrador ao mencionar os robôs gigantes ninjas.



Petrus.




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Volver (Filme)

Vamos em frente, fazer algumas pessoas me odiarem...



Assisti a Volver agora a pouco, filme de Pedro Almodóvar, a Fernanda Montenegro da Espanha. A Brasileira é uma excelente atriz, mas faz sempre basicamente o mesmo papel. A da Espanha ("A" é um artigo que cabe a este meu xará mais do que "O", e para ele isto é um elogio) é um(a) bom(a) diretor(a), mas faz sempre o mesmo filme.



O elenco tem Penélope Cruz e Carmen Maura, ambas mulheres que deslancharam em filmes do(a) Pedro. Carmen Maura não deslanchou exatamente, mas Penélope sim, graças a suas sábias decisões (em filmes, silicone e bom senso sobre a moda).

Como SEMPRE, as mulheres do filme são angelicais e tão bondosas que fazem do homem-aranha um porco capitalista. Já quem tem um pênis obviamente descende de satã. A única salvação para a alma de um homem em um filme de Almodóvar é que ele não use o que seu gene XY lhe deu e/ou finja que na verdade tem XX.

Resumindo, se você viu "Tudo sobre minha mãe" não precisa ver "Volver". E vice-versa.



O detalhe do Almodóvar é que ele ocupa um espaço no panteão dos filmes Cult similar ao de Kubrick. Ele é uma marca, mais que um diretor. As pessoas que querem ser tidas por cinéfilas começam a se dizer cinéfilas citando que gostam de Almodóvar e Kubrick. Como o espanhol ainda está vivo, acho que ele vai adubar mais futuros "cinéfilos" que Kubrick.

O problema é que os jovens cinéfilos que só viram Almodóvar (e dizem que adoraram e que ele é o rei da cocada preta/branca) nem sabem quem é Richard Linklater e empinam o nariz se ouvem falar de "Conan, o Bárbaro".

De certa forma, minha relação com estes cinéfilos é que quando me deparo com eles me encho da esperança que com eles eu possa falar das coisas do nível "hard", mas depois me desaponto quando vejo que eles estão jogando ainda no nível "easy" e que não me dá mais barato. Mais interessante nesses casos é trocar o cartucho do jogo.



Enfim, não fique desencorajado para ver este e outros filmes de Almodóvar. Só recomendo que o acompanhe com algum outro. Talvez um dos que recomendo aqui.



Petrus.





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sexta-feira, 23 de março de 2007

Postagem número 101.

Esta é a postagem de número 101.

Uau! Agora a coisa vai!

Achei um plugin do firefox que inclui um editor de blogs na interface do brwoser. Muito prático. Acho que se chama ScribeFire.

Enfim, por hora é isso.

Petrus.

Zé Ramalho Faz Feio

Hoje escutei na rádio USP uma música do Zé Ramalho.



Nesta música, ele usou instrumentos afinados com bons músicos. Inclusive havia um clarinetista bom fazendo um solinho na música.



O resultado final ficou algo do tipo "forró de boa qualidade", um tipo de música regional que seria bom se fosse adotado pelos outros cantores de música sertaneja.



Pena que a música, deveras sertaneja, que o Zé Ramalho escolheu cantar era "Malandragem dá um tempo", do Bezerra da Silva.



O Barão Vermelho agradece! A versão do Zé é a redenção da versão deles.



Petrus.

O Matador (filme)

Nada como uma sexta feira de noite em que você vê o ex-james-bond Pierce Brosnam fazendo um matador de aluguel alcóolatra e meio pedófilo com crise de consciência sendo ajudado por Greg Kinnear e sua esposa, Hope Davis, a ter forças para matar uma pessoa aleatória.



Quando vi no começo do filme que a música era de autoria do Rolfe Kent já sabia que vinha coisa boa.



Petrus.





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Um Post de Teste

Um post de teste.





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Contação de Histórias

Ontem, como mencionei, fui no tal curso de contação de histórias. Era gratuito na Saraiva.



Chegando lá, descubro no meio do dito curso que o tema eram histórias para crianças. Não exatamente minha linha de operação. Por outro lado, o curso teve algumas informações interessantes.



Provavelmente a melhor delas foi sobre a função da história na formação do indivíduo. O rapaz que dava o curso basicamente sustenta que as histórias a serem contadas não devem ter alguma lição a ser tirada delas, nem um propósito claro. A função da história é apenas abrir a mente da pessoa para que ele pense em várias coisas e assim seja um ser mais pensante.



Infelizmente, o movimento do politicamente correto anda determinando que certas histórias infantis e cantigas são inapropriadas para serem contadas para crianças. Um exemplo clássico é "Atirei o pau no gato", cantiga infantil que incita à violência contra os animais e portanto foi banida das escolas. A canção "boi da cara preta", dita racista, foi devidamente substituída pelo "boi do piauí".



A função de se contar estas histórias é que elas de uma certa forma abordam temas altamente filosóficos de uma forma que a criança pode pensar do jeito dela sobre as coisas. Ensinar sobre as crianças a não serem trouxas e não aceitarem o que estranhos lhes dão pode ser metaforizado com "Branca de neve e os sete anões", de certa forma, mas como hoje esse conto só pode ser referido como "A Caucasiana e os sete cidadãos verticalmente deficientes", o que resta para a criançada?! So a Bíblia pode agora?!

A discussão aqui é que o medo de se contar uma história para a criançada e ser taxado de incorreto politicamente tem basicamente congelado os esforços de professores primários em contarem histórias. Por este motivo, a geração atual anda ficando carente de escutar histórias e portanto pensa menos do que poderia. Parece meio exagerado, mas depois que parei para pensar acho que faz sentido. A criança que é tratada como adulto vai mais tarde se ressentir e querer voltar à infância, talvez.



Um outro dado interessante foi descobrir que, aparentemente, as parábolas de Jesus são todas elas variações de parábolas do Talmud, um dos livros sagrados dos Judeus. Acho que isso parcialmente explica porque para eles Jesus não é o Messias.



Petrus.





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Caminho até o Mini-Curso da Saraiva

Seguindo um conselho de um amigo meu, fui a um curso da Saraiva, Gratuito, sobre "Contação de Histórias".



Na minha ida até lá, descobri as maravilhas da nova estação Chácara Klabin. Meu trabalho é muito próximo do Metrô da Vila Mariana, mas caminhando um pouco mais chego no Chácara Klabin, e partindo de lá não necessito fazer baldeação da linha azul para a verde em meu caminho à ponte orca. Além disso, a estação é bem mais vazia e bem mais bonita e limpa. Visitá-la-ei mais no futuro, mas só quando estiver saindo do trampo. Quando estiver indo, vou pelo Vila Mariana, já que o caminho entre o Chácara Klabin e o trampo é uma subida (na volta, um descida).



Depois do metrô e da ponte Orca, temos o trem urbano. Desta vez ele estava um pouco mais vazio, e viajar longe da porta era até confrtável para alguém em pé (não era como uma lata de sardinhas). Por algum motivo, na estação Berrini, uma estação antes da estação Morumbi, do Shopping do mesmo nome, há um fluxo absurdo de gente entrando e saindo, ao menos no horário das seis e quinze. O fluxo é estraho porque nas estações anteriores e posteriores é muito menos intenso. Não entendo o que acontece, talvez realmente a Berrini seja um grande pólo de serviços de SP, talvez haja um terminalzinho de ônibus lá que gere este tráfego.



Não vou falar do curso em si aqui, porque o dito cujo é menos "blogável" que o que se antecedeu a ele. Na verdade é blogável sim, mas vou fazer isso depois.



É que antes de ir ao dito cujo, cansado e meio abatido, quis tomar um café para recuperar as energias. E pensei que este seria o melhor momento para experimentar o café da "Starbucks", que tem duas lojas no Morumbi Shopping.



Chego lá e fico confuso ante os vários painéis com preços altos e nomes que não entendo. O menu do Bar do Jaime era mais claro e o café de lá era extremamente bom. Idem para a banquinha do Japonês ao lado do dito bar, um PUB para mim.

De qualquer forma, pedi ajuda ao solícito caixa (bom atendimento). Ele me disse que eu escolhia alguma configuração muito louca de café, dava meu nome, e eles gritavam quando estivesse pronto. Meio atordoado ainda, sem pensar muito bem, acabei olhando o menu e vendo lá um "café da casa". Perguntei o que era e me disseram que basicamente era um café coado, como o de casa ou do Jaime.

É difícil conseguir este simples e belo café em um shopping, então escolhi-o.



Quando ecebi meu café, que aliás foi servido rapidamente devido a sua simplicidade, constatei duas coisas:

1- O café de lá é barato, ao menos para padrões de um shopping.

2- O valor mínimo do cafezinho coado a ser pago era $3,80.



Bem, você vai perguntar, mas $3,80 por um cafezinho é caro! Na verdade, eu paguei barato, de verdade. Qual o detalhe aqui.



O detalhe é que o MENOR café servido por eles é RIDICULAMENTE GIGANTESCO para os padrões de um cafezinho caseiro. São 300ml de café! Em comparação, na padoca costumam te servir 50ml.



Muita coisa passou pela minha cabeça neste momento. Achei que, se um dia eu fosse me sentir dentro do filme "Donnie Darko" devido a café, era esse dia. Bebi aquela monstrosidade de café, facilmente mais do que bebo em um só dia, com uma face de desesperança que deve ter sido registrada pelo guarda local.

Fico imaginando que poderia ser cena de um filme de Will Ferrel o momento em que pacientemente eu adocei o café com um saquinho de açúcar após o outro.



Depois comi uma refeição de $8,37 no restaurante por quilo do Viena. A quantidade era de menos de 250g. O Starbucks é mais barato que o Viena.



Petrus.





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terça-feira, 20 de março de 2007

Conhecendo um projeto de lei do Brasil.

Hoje no caminho para o trabalho vi um outdoor. A única palavra que vi, à primeira vista, foi "aborto". Já sabia que era um outdoor contra o aborto, porque ninguém faria um outdoor a favor dele. Provavelmente seria suicídio social.
Li o outdoor por inteiro, e vi que era uma passeata contra o dito aborto. O motivo da passeata era uma lei que estaria em tramitação no congresso e que legalizaria o aborto.

Seria uma idioticie eu escrever aqui contra ou a favor do aborto. Quem é contra é incondicionalmente contra, e quem é a favor é incondicionalmente a favor. Discutir isso no blog seria abrir um tópico onde pessoas iam xingar outras pessoas e ninguém ia mudar de idéia.
Aquele outdoor, porém, me levou a fazer algo útil. Querendo saber mais detalhes sobre o assunto, fiz uma pesquisa no Google que me levou a encontrar algo realmente útil para pessoas de qualquer credo.

Então, cidadão, qualquer que seja a sua opinião, vou lhe fornecer duas fontes de leitura que são de seu interesse. Descobrir que existe um meio de você conhecer a lei do seu país é, isso sim, algo cuja discussão deve render bons frutos.

Um deles é o PROJETO DE LEI Nº 1135/91. No link você vai encontrar o texto integral deste projeto de lei. Gostei da leitura porque nunca antes eu tinha visto como é um texto de projeto de lei. Vale a pena dar uma olhada.

O segundo é um site da câmara onde você pode ver a tramitação das proposições. Também interessante pelos mesmos motivos. Nem imaginava que a Internet tinha um recurso destes.

Esse é o tipo de coisa que pode fazer este país andar, finalmente, no caminho certo.
Vamos fazer do Brasil um país sério.

Petrus.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Blog de um profissional azarado.

Surfando pela Internet, encontrei através de um blog de Liechtenstein o link para o blog de Josh Friedman.

Este é simplesmente o rapaz responsável pelo ROTEIRO de "Dália Negra".

Veja aqui o que eu tive a dizer sobre "Dália Negra".

Para adicionar ao currículo, ele também fez o roteiro do filme "Guerra dos Mundos". Não assisti-o, e TODOS os comentários que escutei sobre ele me levam a não querer fazer isto.

Em sua defesa, dizem que mudaram muitos dos elementos que ele originalmente escreveu. Mas ainda assim...

O blog parece bom, porém.

Petrus.

Era do gelo 2 (filme)

Acabo de assitir ao segundo filme desta série de desenhos animados. O filme foi dirigido pelo Carlos Saldanha.

O melhor é ver o "Scrat", o esquilo primitivo e suas peripécias com seu alimento.

Você pode ver o curta-metragem (indicado ao oscar) com ele clicando aqui.

Petrus.

domingo, 18 de março de 2007

Ultima IV ressurge!

Bem, na verdade não exatamente.

É que encontrei na Desciclopédia um artigo sobre a Antarctica (continente) e lá encontrei este mapa do mundo.

Veja a parte do mundo que corresponderia ao Brasil. Pois aqui é uma exata réplica do mapa do mundo de Brittannia, de Ultima IV (e V, e VI, e VII)!

Ah, boas memórias!

Petrus.

Estreantes da Fórmula 1

Acaba de acabar a primeira corrida da temporada de 2007. Raikkonen vence. Fez bonito, liderou de ponta a ponta. Isso garantiu o pódio animado que ele caracteriza.
Kubica infelizmente teve de sair, mas manteve a esportiva.
Felipe Massa também fez bonito. Saiu em último e chegou em sexto.

As vamos ao que interessa, aos estreantes da fórmula 1! A experiência de um deles me tocou em especial.

- Hamilton estreou na fórmula 1 liderando a corrida por algumas voltas e obtendo o pódio. Este rapaz promete. Espero que ele se dê melhor que o Alonso na temporada. Acho que todo mundo, até os espanhóis, querem isso. Certamente vai ser o mais falado deste pódio, afinal não só ele é estreante como é o primeiro negro na F1. E ainda por cima parece ser um rapaz gente boa!

- O estreante na Renault, o Finlandês cujo nome complexo não escreverei (começa com K) começou como uma bela piada. Coitado. Rodou feio bem na hora em que a TV mostrava ele no cockpit, e perdeu a posição para a zona de pontuação nessa hora. Depois rodou de novo e perdeu outra posição. Na última volta apareceu em rede internacional sendo ordenado a ultrapassar Ralf Schumacher e não conseguiu. Foi o zoado do dia.

- Por fim, uma cena que me deixou pensando: em sua estréia [editado: na equipe Williams de F1], o Austríaco Alexander Wurz QUASE MORREU. Coulthard fez uma bobagem e provocou um acidente que fez seu carro PASSAR A CENTÍMETROS da cabeça germânica do estreante [na equipe].
Já imaginou o que deve ter passado na cabeça do rapaz?! Quase morre no primeiro dia no batente! [E olha que a Williams clamou a anos atrás a vida de outro seu estreante, um certo Senna].

Bem, esta temporada, no final das contas, promete. Vamos continuar a manter o ufanismo pelo massa, torcer pelo Kubica, e rir toda vez que o Hamilton fazer mais bonito que o Alonso.

Petrus.

Alguma Coisa está fora quando... [3]

Algo está fora quando GALVÃO BUENO de repente dá uma bola dentro e tudo indica que SÓ ELE VAI DAR ESTA BOLA DENTRO.

Na corrida de Fórmula 1, em Melbourne na Austrália, ele está chamando o piloto polonês Kubica de "Kubitsa". Isso está corretíssimo, visto que na língua dele o "c" tem som de "TS". Acho que só o galvão vai chamar o Kubica do jeito certo, os outros vão chamar de "Kubica" mesmo.

Por outro lado, o ufanismo exacerbado do rapaz continua 100% presente. Paciência.

Petrus.

sábado, 17 de março de 2007

Pilsen X Lager, Dourado X Verde.

Hoje, quando estava comprando algumas cervejinhas, percebi que as cervejas tidas como "Pilsen" possuem quase todas latas Brancas e/ou Douradas, enquanto as "Lagers" como a Heineken e a Stella-Artois possuem latas verdes. Igualmente, as garrafas de long neck de Pilsen são douradas e as Lager são verdes.

Haveria aí um código de cores?!

Em todo caso, fui pesquisar na wikipédia sobre o assunto. Não descobri nada sobre isso. Só descobri que, aparentemente, a cerveja "Pilsener" é uma derivada das cervejas "Lager" e se originou no que hoje é a cidade de Pilsen, na República Tcheca.

Descobri também que a empresa Belga-Brasileira Inbev, criada a partir da fusão da AmBev com a Interbrew da Bélgica, é a maior distribuidora de cerveja do mundo. Viva o ufanismo!

Petrus.

Adaptação (filme)

Um dia, foi pedido para o roteirista Charlie Kaufman, o mesmo que escreveu "Quero ser John Malkovich", que fizesse a adaptação do livro "O ladrão de orquídeas", que é baseado em uma história supostamente real. O resultado foi o filme "Adaptação".

O detalhe é que nosso amigo Charlie não conseguiu escrever nada que prestasse a partir do livro. Seu roteiro ficou um lixo, e vendo o excremento que produziu o rapaz ficou envergonhado. Pior do que isso era sua imaginação que parecia funcionar mais para imaginar cenas sexuais com a foto da escritora na orelha do livro do que para escrever um roteiro de cinema.
Seu ponto mais baixo foi quando ele teve de ir em uma palestra com um guru da escrita de roteiros, Robert McKee, para ver se desenpacava.

Só então ele percebeu que o legal mesmo seria escrever um roteiro de um filme que mostrasse o fracassado patético que pelo visto ele era.

No melhor naipe de "American Splendor", o filme conta a história de um escritor fracassado que coincidentemente é o roteirista do filme. A diferença é que no primeiro era Paul Giamati no papel principal e no segundo é Nicholas Cage na ponta. Um Nicholas Cage meio gordo, fora de forma e enfeiado, diga-se de passagem.

Como o filme é também do mesmo diretor de "Quero Ser John Malkovich", então juntaram o resto da galera do filme e zoaram com ele. Mostravam cenas do set de filmagem do filme, as zoeiras que o povo fazia, os defeitos especiais, e etc. Aí usaram essas cenas para fazer "adaptação" onde se zoava legal com o roteirista do filme.

Realmente Charlie Kaufman deve ser meio pouco orgulhoso de si para se representar como representa no filme, porque ele é mais "loser" nesse filme que Paul Giamati em todos os seus filmes juntos, e isso contando "sideways".
O resultado final, óbvio, é um filme muito bom e muito engraçado. Com esse elenco atrás das câmeras, era de se esperar. Também ajuda que o filme tenha Meryl Streep, o ator Brian Cox interpretando o guru dos escritores (que existe de verdade e que escolheu pessoalmente que o ia representar e zoar com ele no filme), e de quebra uns peitinhos bonitos.

Ah sim. O filme é co-escrito pelo irmão gêmeo de Charlie Kaufman, que também é deveras zoado no filme e também é represtando pelo Nicholas Cage gordo, se bem que este irmão gêmeo ao menos é mais feliz e se dá bem com a Maggie Gylenhaal (Secretária). Ele foi inclusive um dos indicados para ganhar o Oscar de 2003. Isso é incrível, visto que o cara não existe e foi inventado só para o filme.

Petrus

sexta-feira, 16 de março de 2007

Fórmula 1 2007 [1]

Finalmente a temporada 2007 de fórmula 1 começou!

Gravei o treino livre de sexta-feira à tarde na Austrália. Eis aqui o que penso:

- Felipe Massa está muito bem, e a Ferrari também. Massa fez a melhor volta no treino clasificatório da tarde, e Raikkonen o segundo melhor. Vamos ver o que este rapaz apronta.

- Na McLaren, vou torcer pro inglês Hamilton vencer Alonso em todas, como fez neste treino. E fez bonito.

- Se tiver que escolher uma equipe para torcer, vai ser a BMW. Não são os melhores, mas parecem que vão fazer bonito. Kubica vai ser meu piloto favorito depois da dose de ufanismo pelo Massa.

- O carro da Honda é bonito em movimento e meio feio parado. Pena que até a sua equipe 2, a japonesíssima Super Aguri Honda, foi melhor que ela no treino.

- A nova Renault parece uma lata de cerveja.

Vamos ver o que acontece.

Petrus.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Saudades do tempo em que "rush" era apenas o nome de um ataque especial que provocava dano dobrado.

Minha vida como funcionário de um escritório anda bem. O trabalho é leve, a criatividade é recompensada, os colegas são boa gente.

Mas oh, São Paulo, cruel cidade senhora de sistema de transporte atroz.

O escritório fica ao lado do Metrô Vila Mariana. O Metrô de São Paulo é escelente. É rápido e dá conta do fluxo de maneira bastante razoável.
Melhor que isso, seria só seu morasse em algum lugar perto de algum metrô. Aí não haveria nenhum problema.

Sem poder voltar de metrô, o jeito é pegar um ônibus. Posso pegar dois ônibus em dois pontos diferentes do lado do metrô e que param perto de casa. Mas não tão perto assim. O caminho por ônibus demora, na queridíssima hora do rush e num dia ensolarado, UMA HORA para fazer trajeto. De manhã só me toma meia hora. A distância entre o ponto de ônibus e minha casa, calculada no Google Earth, é de 876 metros, a serem adicionados ao trajeto total tanto na ida quanto na volta.

Sempre há o caso em que o sol tira férias, e a chuva fica de substituta. Aí é divertidíssimo. Por DUAS HORAS fico como uma lata de sardinha para poder depois descer e caminhar mais um divertido bocadinho até em casa.

Farto de sofrer, fui buscar soluções para o dilema.
Ah, as soluções encontradas...

A primeira delas: caminhar até o metrô Santa Cruz (1200 metros de caminhada), e lá pegar um dos ônibus cujo ponto inicial é ali e que, efetivamente, param perto de casa (a 375 metros de distância). A maior caminhada somada se justifica por uma possibilidade de se sentar no ônibus.

O que ocorreu: A caminhada pelo agradável e poluído sonora, visual e ambientalmente caminho é tranquila e com só dois carros quase me atropelando. Mas ao chegar ao ponto de ônibus, vejo o pandemônio: em ponto de um ônibus que posso pegar, uma fila enorme com o suficiente para me garantirque eu não ficaria sentado no próximo ônibus vindouro e talvez nem entrasse no dito ônibus. No outro ônibus possível havia a mesma situação com um agravante, o ônibus já tinha chegado e várias pessoas estavam BRIGANDO FISICAMENTE para entrarem no ônibus.

No dia que vi esta imagem que epitomiza todo o problema do transporte público em São Paulo, stava ainda por cima chovendo. Achando um pedacinho de teto, fiquei mais ou menos seco enquanto esperava o ônibus. O problema é que o dito pedaço de teto não estava alinhado com a fila e duas pessoas aflitas me olhavam com um certo ódio totalitário em seus olhos.
Para resolver isto, decidi que era melhor pegar um ônibus no ponto seguinte, em que o ônibus ia parar depois de sair do terminal do metrô. Já que eu não ia poder sentar, não tinha problema.
A idéia foi boa, visto que este dito ponto era mais tranquilo e democrático. Esperei que passasse um ônibus e que eu pudsse desfrutar de apenas 375m de caminhada quando chegasse perto de casa.
Vinte minutos depois passou um ônibus que eu podia pegar e eu, farto de esperar, o peguei e fiquei UMA HORA E QUINZE MINUTOS enlatado lá. E mais, era O MESMO ÔNIBUS QUE PASSAVA NO PONTO DO LADO ONDE EU TRABALHO. Eu só o peguei uns 2.080m na frente de onde o poderia pegar e mais lotado, só isso. Aí desci ensopado no ponto certo e caminhei mais 876m sob chuva. Nada de mais.

Solução número dois:
ao invés de pegar o ônibus, pego o metrô da Vila Mariana, na direção norte (moro na direção sul). Faço a baldeação na linha verde e cruzo toda a sua extensão.Desço na estação Vila Madalena (sempre confundo a Vila Mariana com a Madalena) pego a ponte ORCA, transporte por ônibus gratuito para a estação de trem da cidade universitária e baldeação idem. De lá vou para a estação Berrini de trem, desço e termino o trajeto até em casa a pé.

O que ocorreu: Bem, pegar o metrô foi baba. Mudar de estação também. O metrô estava bem vazio e fiz todo o trajeto sentado, em quinze minutos. Então era hora de pegar a ponte ORCA.

O acesso ao ônibus da ponte ORCA envolvia pegar uma senha e enfrentar uma fila GRANDE. Mas a fila grande era muito rápida, então entrei em um ônibus até rapidamente. Eu era o último passageiro e tive de sentar no fundo do ônibus (ninguém vai em pé neste ônibus), ao lado de um rapaz um tanto quanto gordo, com um ar um tanto quanto animado demais, uma camisa um tanto quanto pequena e de cor azul-turquesa demais, e uma bolsa bem excessivamente rosa. Fora isso e a rádio de música sertaneja no ônibus a viagem na ponte ORCA foi tranquila.

Chegando na estação de trem, temi que tivesse de pagar outro bilhete para utilizar o transporte. Felizmente fui avisado que meu bilhete da ponte ORCA tinha um código de barras que servia como bilhete para o trem. Descobri isso depois de me avisarem pela segunda vez que eu estava colocando o bilhete no leitor errado. Aliás, se a fila para embarcar no ônibus da ponte ORCA que peguei era GRANDE, a que tinha se formado para ir da estação de trem para o metrô era ABSURDAMENTE GIGANTESCA, e cheia de jovens e graciosas universitárias da USP que me fizeram agradecer que eu passei foi no vestibular da UEL.
A viagem de trem parecia fadada ao sucesso absoluto. A estação estava relativamente vazia. Achei que o último trecho ia ser moleza. E aí chegou o trem. Fiquei impressionado com o conforto e beleza do trem, não brinco quando digo que seu interior parecia bem limpo e de design moderno. Também não brinco quando digo que foi terrivelmente desanimador ver que todo mundo que embarca em um vagão do trem parece querer ficar bem na porta do dito cujo. Entrar no vagão requer o exercício de empurrar pessoas no caminho. Estranhamente, passando da porta e indo para o meio do vagão encontrei um grau de conforto até adequado, cheio mas mesmo assim melhor que a lata de sardinha do ônibus do lado de casa. A viagem de trem em si é até agradável, vendo o cair da noite refletido no rio.
A saída do trem, por outro lado, é o CAOS, O CAOS! Porque será que TODOS OS PASSAGEIROS DO TREM FICAM AMONTOANDO A PORTA?!?! Era só eles irem mais para o fundo que eu não precisaria ter de empurrar cinco pessoas antes de chegar a cinco metros da porta, e depois empurrar mais três enquanto era empurrado por dois que queriam entrar no trem e amontoar mais ainda a maldita porta.

Mas enfim, saído do trem das portas do inferno, era só ir para casa a pé. Foram afinal só quatro baldeações! Ah, ia me esquecendo Minha casa fica, segundo o Google Earth, 1.789 metros da estação de trem da Berrini. Ah... pernas. Apenas UMA HORA E QUARENTA MINUTOS depois que saí do trabalho já estava em casa!

Amanhã vou pegar o ônibus do lado do trabalho e pronto.

Petrus.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Os Infiltrados (filme)

Digamos que há uma razão para este filme se chamar em inglês "The Departed" (os que se foram). Também há um bom motivo para este filme ganhar o oscar 2006 de melhor filme.

Fazia tempo que eu não via um filme que me deixava tão animado para ver o que ia acontecer depois. Scorcese dizia que este era seu único filme com uma trama. E que trama!

Também ajuda que todos os atores decidiram atuar analogamente a como Schumacher decidiu correr em sua última corrida. Todos eles parecem estar dando a interpretação de suas vidas. DiCaprio acho que está agora perdoado de ter feito Titanic. Até Alec Baldwin, em um papel bem coadjuvante, manda muito bem. Só acho uma pena que o Scorcese não decidiu dar mais tempo na tela para o Mark Wahlberg. Este sim merecia um belíssimo dum Oscar. Seu personagem é o mais legal da trama e o ator faz isso valer. Mas provavelmente vai ter menos falas (porque elas serão censuradas) se o filme passar na TNT.

Por um momento esqueci que Jack Nicholson está no filme. Nem precisava. Aí já é covardia.

Petrus.

terça-feira, 13 de março de 2007

Arizona nunca mais (filme)

É interessante ver filmes de início de carreira. Aqui temos o que deve ter sido o início de Nicholas Cage (não sou muito fã dela, mas aqui ele está bom), Holly Hunter, John Goodman e os irmãos Cohen.

E como é um filme dos irmãos Cohen, a música tipicamente sulista está mais afinada do que nunca. O Banjo no filme está ótimo!

Este filme concorre definitivamente ao prêmio de "introdução mais engraçada anterior aos créditos iniciais", em uma sequência que por si só vale o filme. Apesar de que sequências memoráveis não faltam aqui. Temos a fuga da polícia empreendida por Cage com uma meia na cabeça, a entrada em cena do motoqueiro do apocalipse que passa pela estrada e mata um coelhinho no caminho com uma granada e uma lagartinho com uma 12, e as cenas de batalhas campais cheias de proeza. Nada como ver Nicholas Cage e John Goodman duelando dentro de um trailer com paredes frágeis, ou o duelo do mesmo Cage contra o dito motoqueiro do apocalipse.


Filme recomendado, certamente.

Petrus.

Os Irmãos Grimm (Filme)

Matt Damon, Heath Ledger (futuramente será o coringa em "Batman Begins 2"), Jonathan Pryce, e as lindas e as maravilhosas Lena Headey (treinando no papel de "mulher desejada" neste filme para fazer o mesmo em "300") e Monica Bellucci fazendo um filme dirigido por Terry Gilliam.

Parece bom, não é?!

Parece mesmo. Mas o filme foi feito para... a sessão da tarde.

Tudo bem, é um BOM filme para a sessão da tarde, mas ainda assim é a sessão da tarde. Isso significa que nada de especial se destaca genuinamente no filme. Os personagens são interessantes, mas não o suficiente para serem exploráveis a fundo (crianças não querem saber de psique). A caricatura está presente em tudo, como em um típico filme de Terry Gilliam, mas é uma caricatura que almeja ser apenas engraçada pelo ridículo e não por ser crítica de alguma coisa.

Vale para ver Lena Headey sendo mais assertiva que muito herói de filme por aí e para ver Monica Bellucci fazendo o que pode ser a primeira personagem da sessão da tarde que não precisa de magia e ajuda do roteiro para enfeitiçar os heróis masculinos.

Petrus.

PS: Os efeitos especiais estão muito mal "escondidos" no filme, em alguns momentos parecem que foram feitos usando as mesmas técnicas e sutileza usadas nos efeitos especiais de "Chaves". Não é piada.

Ano novo, trampo novo.

Hoje foi meu segundo dia de trabalho na Reciprhocal, empresa de consultores de empresas. Fui escalado lá para escrever resenhas de artigos de periódicos de negócios, como o McKinsey Quarterly e o "The Economist".

Resenhar o Economist é ótimo. Resenhar o McKinsey é um pé no saco. Mas vamos que vamos!

Querem saber a real tragédia do trampo?! Chama-se "buraco do metrô". Graças a ele, a linha amarela ficará pronta só sabe a CPTM quando. Até lá, tenho que enfrentar o congestionamento da hora do rush para pegar o ônibus para voltar ao lar.

O trágico não é o ônibus, é ficar parado no trânsito. Se eu pegasse um transporte sobre trilhos, ao menos estaria em constante movimento, mesmo se talvez a larga volta que eu fizesse fosse mais dispendiosa. Sobre rodas, não posso dizer o mesmo.

Mas enfim, como hoje passei pela rua Marselhesa, À La Battaille!

Petrus.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Garotas Malvadas (Mean Girls) (filme)

Fazia já algum tempo que eu queria assistir a este filme, cujo nome em português deve ser "garotas malvadas" visto que o original é "Mean Girls". Esta hipótese porém é contestada pelo fato de que na França ele se chama "Lolita Malgré Moi".

Quando o vi nas prateleiras das locadoras, em 2004, eu achei que era apenas mais um filme adolescente. E é. É estrelado por Lindsay Lohan, que permeia o imaginário sexual de todo estadunidense praticamente. Quando ela fez o filme ela tinha menos de 18 anos, mas hoje ela já é "legalizada". Particularmente gosto de sua face sardenta e de seu desenvolvido torso.
Mesmo com estas características, este filme tem lá sua importância histórica, e por isso eu precisava vê-lo.

Vamos analisar porque isso:

- O filme é produzido por Lorne Michaels, ou seja, é praticamente mais um filme vindo do "Saturday Night Live", e isso o pareia a filmes como "Blues Brothers", "Quanto mais idiota melhor" e "Superstar" (o filme onde Will Ferrel aparece para a protagonista católica do filme dizendo-lhe eu sou uma projeção do seu inconsciente, mas pode me chamar de Jesus).

- Este filme fez um sucesso estrondoso, especialmente pelos padrões de uma comédia do Saturday Night Live. Prova disto é o quão fácil é baixar este filme por um programa como o Shareaza: é fácil porque toneladas de gente o têm em seus computadores.

- Graças ao sucesso do filme, ele foi grandemente responsável por colocar Lindsay Lohan e Rachel McAdams como estrelas do cinema. Ter a carreira alavancada por gente do Saturday Night Live é sinal de boa companhia.

- Outra pessoa que marcou seu lugar no mundo do cinema é a roteirista do filme, que depois deste sucesso ganhou uma parcela invejável de dependabilidade (poder) no mundo dos roteiristas dos EUA e, assim, ganhou a chance de nos fazer felizes mais vezes. Quem é esta mulher?! Bah, ninguém menos que minha querida Tina Fey.

Dizem, entretanto, que imagens falam melhor que palavras. Então, para encerrar, apresento basicamente os motivos que fizeram muita gente querer ver este filme (este vídeo) e os motivos que fizeram EU querer ver este filme (este vídeo).

Eu estava em dúvida se incluía este filme como uma recomendação ou não. Sou generoso, vou incluir.

Petrus.

PS: A tal Rachel McAdams, que citei, tem 10 ANOS a mais que Lindsay Lohan, mas faz perfeitamente o papel de menina da mesma idade que ela. Mas que moça conservada!

PS2: Por outro lado, virar estrela do cinema adolescente aos 28 anos (hoje 30) deve ser meio frustrante. A fama e o dinheiro devem ser bons, duro é ter papo com seus co-atores.

domingo, 11 de março de 2007

Tao of Steve (filme)

Se o filme "Alta Fidelidade" não fosse sobre música mas sim sobre as religiões do mundo, seria "Tao of Steve".

Comparei este filme a "Alta fidelidade". Vem coisa boa por aí.

A primeira cena que vejo no filme é a propaganda da "Sony Pictures Classics", a mesma empresa que nos trouxe em DVD "Heights" e "O declínio do império americano".
A segunda cena é uma apresentação que mostra que aquilo que me fez procurar o filme foi honrado.

Soube da existência deste filme quando descobri uma música de sua trilha sonora, esta por sua vez descoberta enquanto eu procurava por músicas de "American Splendour" (outro filme recomendado).
Assim sendo, a trilha sonora do filme é praticamente uma personagem à parte. É feita especialmente para o filme, ou seja, não consiste de música pop, músicas conhecidas nem nada. É simplismente uma trilha, uma que abusa muito bem do som do acordeão, aliás do acordeão típico da música "cajun", vinda dos negros estadunidenses que falam um dialeto próximo ao francês. Isso torna esta trilha única.
Ao melhor estilo de "A primeira noite de um homem" (outra comparação com um filme bom), a música faz o papel de mostrar o que passa pela mente dos personagens. É tudo feito magistralmente.

Mas vamos à história do filme. Temos como personagem principal um gordo meio sebento que é professor de escola primária, formado em filosofia (acho), mora em uma república, curte um álccol e um fino, é fã de tudo o que é "sabedoria" de qualquer religião da terra (especialmente as orientais) e sabe citar de cor passagens de Lao Tze, Buda e Santo Agostinho.
E para que serve todo este conhecimento?! Ora ora, para turbinar a arte do Kama Sutra, naturalmente! Nada como um filme em que vemos um rapaz conquistar uma "bartender" gata apenas pedindo um drink polirreligioso. Ele pede um "Ice Tea de Rhode Island" e confunde a moça, que não sabe o que é isso exatamente. Então ele elabora à frente dela este chazinho: um pouco de Buda (saquê), uma pitada de Vishnu (gin), uma passagem do confucianismo (menta), uma homenagem a Maomé (licor de aniz), e para terminar uma dose de bom cristianismo, do Ortodoxo (Vodka), do Católico (Vinho), do luteranismo (Steinhegger) e dos evangélicos (Coca-Cola).

Se você ainda não quer ver o filme, você anda sóbrio demais.

Mas o que afinal é o "Tao de Steve"?! É basicamente a busca espiritual de todo ser humano de ser que nem Steve, seja ele Steven Segall, Steve Mcgarrett (de Havaí 5.0), ou então o máximo de todos os Steves: Steve McQueen.
Steve McQueen conseguia o feito máximo de nunca dar nem bola para as mocinhas de seus filmes, mas sempre no final elas babavam por ele. Muito bem, meus caros, se preparem para aprender com este nosso amigo gorduroso como atingir o Nirvana (e ele atinge-o em quantidades invejáveis) utilizando-se dos ensinamentos de Buda.

Para terminar, uma verdadeira questão filosófica a ser discutida, proposta pelo nosso protagonista espiritual:

Será que hoje não vivemos em uma sociedade onde nos é mais importante nossas relações com nossos pares e amantes do que para com Deus?!

Nos faz rir, nos faz torcer e nos faz pensar. Recomendadíssimo!

Petrus.

sábado, 10 de março de 2007

Click (filme)

Meu pai lugou o filme "Click", então assiti-o. Eu não alugaria este film, se dependesse de mim, visto que é o típico filme que logo logo vai aparecer na TV. Mas enfim.

Na verdade, escrever aqui sobre "Click" é mais uma obrigação do que uma atitude espontânea. É só para manter a tradição. Vi o filme, então comento.
É um filme bem engraçado, e em vários momentos eu ri. Mais, ri bem inclusive. As piadas do filme são em geral boas.
Mas é o típico filme que você ri e pronto. Depois não leva muito mais consigo.

Borat faz você levar algo mais porque te faz indagar porque afinal o filme é tão engraçado. Me fez pensar no processo civilizatório e tal.
Já o filme Click, com Adam Sandler e uma Kate Beckinsale com olhos mais escuros do que o normal dela, parece funcionar porque o humor Adam-Sandleresco é um humor bem politicamente incorreto, do tipo que não liga que alguém fique ofendido. Não porque alude à política ou à hipocrisia (como Borat), mas porque Adam não deixa de falar palavrões quando tem vontade ou acha que faz bem á cena falar um. Veja "Se eu fosse você" e veja um exemplo de filme onde os personagens deviam falar um monte de palavrões e não falam (é o primeiro exemplo que me veio).
O segredo é que seus palavrões não são gratuitos. Não é simplesmente um zilhão de "fucks" e "shits" expelidos a toda hora. Ele parece utilizar a boca suja no momento certo, nos momentos em que seu personagem estressado ou alegre lançaria o palavrão. Por isso que considero seu humor xulo um humor inteligente, apesar disso.

Resumindo, é um filme bom, vale a pena ser assistido, e mostra que a dupla Adam Sandler & Christopher Walken funciona muito bem e pode dar coisa boa se explorada novamente. Mas apesar de tudo isso, não vou colocar na lista das recomendações.

Um último detalhe: acho que Adam Sandler é judeu, ou no mínimo gosta de fazer personagens judeus. Entra então no rol de bons comediantes judeus e futuros/presentes dominadores do mundo.

Petrus

Photoshop arcaico.

Achei uma interessantíssima exposição on-line de fotos da união soviética sob o comando de Stalin.

Para ampliar seu poder totalitário, Stalin e seu partido selecionavam a dedo as fotos e imagens que iam ser publicadas nos jornais do país. E ao invés de apenas "censurar" certas fotos, haviam pessoas encarregadas de as alterar para transmitirem a "mensagem desejada".

A exposição se chama "O Comissário Some", e eis abaixo as fotos, depois e antes da edição, que dão seu título. Vemos aqui que o comissário da marinha, morto a mando de Stalin, é retirado de uma foto em que originalmente aparecia a seu lado.

Petrus.









A Internet te deixa Estúpido [1]

Copiei esta frase descaradamente do site "Something Awful" (eu coloquei um link para eles no blog, perdoar-me-ão) porque não apenas cheguei a desenterrar de algum buraco um blog de um totalitário asiático que acha que é deus, mas também estou compartilhando com meus (poucos) leitores o link para o dito blog.

A reputação deste rapaz vêm do fato de ter sido ele o escritor de uma certa coluna em um jornal voltado a chineses vivendo nos EUA. Dita coluna arruinou o jornal financeiramente e destruiu sua reputação. A coluna? "Porque odeio os Negros". Se era piada, era bem fraquinha.

Primeiro parágrafo que leio no blog do rapaz:

"Porque odeio os Italianos"

"Sofia Coppola - no seu filme "Encontros e Desencontros" fala apenas de se atacar japoneses. Mas estranhamente a crítica achou que o filme era "artístico"."

Minha tradução deixou o texto mais cômico que o original.
Eu gostaria de pensar que o cara está escrevendo uma piada, dizendo que Italianos como Sofia Coppola e Quentin Tarantino são anti-orientais como um humor de eficiência chula. Mas quando o dito artigo termina, o seu autor compila toda uma lista de telefones reais para se ligar para as pessoas mencionadas e os xingar. Nenhum comediante pesquisa telefones de quem parodia.

Temos nós, humanos, jeito?!

Petrus.

PS: Eventualmente eu posso até incluir este blog na lista de links, por sua inata bizarrice. Quem achar que esta é uma péssima idéia se manifeste, por favor.
PS2: Pensando bem, tenho coisa melhor a fazer. Fica ainda o convite para que vocês se manifestem e digam se a idéia é péssima.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Mais sobre Bush e sua segurança.

Hoje São Paulo inteira reclamou do problemático trânsito causado pelo esquema de segurança do presidente estadunidense Bush.

Fico pensando que, no final das contas, o mega-esquema de segurança é desnecessário, mas ainda assim justificável. Bush é simplesmente odiado no mundo inteiro. No Brasil inclusive. Procurar no Google pela palavra "worst" (pior) vai levar o usuário eventualmente a encontrar listas de piores presidentes americanos de todos os tempos, escritas por estadunidenses. Adivinhem quem está no topo da maior parte destas listas?!
A propósito, algumas delas tentam dar um verniz de pesquisa séria em suas listas, colocando justificativas para o porquê destas colocações.

Imagino agora o outro lado da coisa. Penso em Bush, o ser humano.
Como será que é ser odiado pelo mundo inteiro desta forma?! Nem sequer Hitler era tão odiado quando vivo, afinal os Alemães que o rodeavam o idolatravam. Mesmo que Bush tenha um zilhão de puxa-sacos, seu povo também o odeia.

Acho apenas triste pensar em Bush como ser humano se vendo odiado. Talvez ele entenda que é odiado porque faz uma política completamente elitista e irresponsável. Mas imagine só a cena: Bush olha pela televisão mais uma manifestação contra ele, então diz para si mesmo: "Porque eles me odeiam tanto, pô?! Porque eles não reclamam dos ditadores Africanos que fazem limpeza étnica?! Eu não mando matar ninguém, poxa!".

O que quer que Bush pense quando se vê odiado, fico pensando que este ódio disseminado contra ele deve ser uma das molas propulsoras de seu fanatismo religioso.
Bush é evangélico e todas as manhãs reserva um momento para rezar junto com um sacerdote de seu culto. Deve ser um ótimo momento para ele como ser humano. Quando o sacerdote lhe diz "Jesus te ama", talvez seja este o único momento em que alguém diz a esta pessoa que não o odeia, e sim ama.

Com toda esta sina para carregar acumulada, com toda a reputação que a era da Internet lhe deu, talvez até o final de sua vida só mesmo Jesus vai lhe amar.

Petrus.

"House" e "Waking Life" juntos, finalmente.

Ontem assisti ao episódio de "House" (quem leu alguns posts aqui sabe que sou do rapaz) que encerra a segunda temporada, o episódio "Sem Razão". Não é por nada que no IMDB este episódio está com nota 9.1.

Este episódio se inicia com um cidadão chegando de boa na sala do doutor House e dando-lhe um belo tiro. Depois outro.
Depois de sobreviver miraculosamente e de ser operado, House acorda. Imediatamente quer tratar um paciente. Não quer saber porque foi baleado.
Até aí estamos com um belo episódio de "House" como sempre. Onde entra "Waking Life"?!

Bem, como a função de um hospital é cuidar de pessoas, o rapaz que atirou em House é tratado depois de ser ele baleado pela segurança. E onde colocam-no para se recuperar do ocorrido?!
Ora, obviamente no lugar onde os baleados se recuperam. E quem diria, tem outro baleado ali! Sim, meus caros, nada como você colocar baleado e baleador lado a lado na mesma sala de hospital!
Bem, seria aceitável se eles ficassem quietos e pronto, uma mera situação desconfortável. Agora, será que a operação de remoção das balas de House foi feita do jeito certo?!

Hugh Laurie e Elias Koteas mandam ver na mais pura filosofia e no questionamento da realidade. Para juntar algo bom com algo melhor ainda, House e se amigo Wilson discutem entre si o que exatamente faz um ser humano e dissecam o personagem de House (o único motivo para se assistir à série, e um senhor motivo) de forma perfeita para se encerrar uma temporada de TV e pedir para a emissora deixar eles fazerem outra. Certamente um bom acompanhamento ao clássico de Linklater. De quebra, uma cena com um diálogo muito louco e a cena (link para vídeo) que ganha o prêmio Petrus Ebrium de melhor exploração da tensão sexual entre personagens de uma série de TV.

E acho que nem preciso dizer que "Waking Life" é um filme altamente recomendado. Certo?!

Petrus.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Silêncio X Barulho

Escrevendo sobre Bush, pensei sobre esta faceta quase militar do silêncio:

Uma turba enfurecida é previsível. Dela se espera o caos e a destruição. Saber reagir a uma turba pode ser fácil, se justifica a aplicação da força contra esta outra força.

Lidar com uma multidão em silêncio pode ser mais complexo. Quais as reais intenções de uma pessoa silenciosa? O que fará o silencioso quando quebrar seu silêncio?!

Filosófico demais. Mas vai ter seus fãs. Pensem nisso um dia, preferencialmente da próxima vez que se unir a uma turba de bárbaros.

Petrus.

Bush no Brasil.

Enquanto escrevo aqui no blog, George W. Bush está no Brasil. Aliás, está hospedado em um hotel que pode ser visto daqui de minha janela.

Digo sobre isso: e daí?

Bush pode estar ao meu lado ou longe, Nos EUA ou no Iraque. No final das contas, ele é realmente problema dos estadunidenses. Os problemas do mundo e das guerras não são culpa dele, são de nós, humanos.

Imaginem só se houvesse aqui um atentado a Bush e ele fosse morto. Seria terrível para o país! Nada mais faríamos a não ser torná-lo subitamente um mártir e dar sinal verde para seu substituto, Dick Cheney, invadir o Brasil e matar gente.

A melhor coisa que os Brasileiros podem fazer é cobrar o seu presidente, o Lula, para que tenha pulso firme nas negociações com o texano. O Lula sim é problema nosso. Ele está onde está por causa do nosso voto (não foi o meu, mas enfim). Que faça algo que preste pelo menos. Vamos torcer para que o ditado esteja certo, que "os bêbados se entendem".

E quanto aos protestos Anti-Bush, ao invés de se fazer um protesto no melhor estilo "turba enfurecida", que já está ficando pouco eficiente, sugeriria outros protestos.

- Um protesto silencioso. Pedindo paz, justiça, ou qualquer outra coisa expressável em cartazes gigantescos. Hoje em dia, o silêncio pode ser uma arma fortíssima. O barulho e a violência em última análise dá a razão ao outro. O silêncio e a mera não-cooperação são difícieis de serem deslegitimados.
- Um protesto com palavras de ordem em inglês, "pra americano ver". Podíamos tentar mandar uma mensagem diretamente aos estadunidenses, as pessosas que podem realmente cortar o poder de Bush, para que eles vejam o que seu representante significa para o mundo. Enquanto o mundo inteiro grita com eles e diz que os odeiam, podíamos nos destacar da multidão sendo os únicos que querem efetivamente conversar com eles como se fossem gente, e não um "grande satã".

Infelizmente, porém, sei que no final das contas e dos protestos a emoção e a testosterona costumam tomar do manifestante comum. Que pena que o Brasil não tem um Ghandi, alguém que pudesse se valer de gestos simples (quando estava indignado, ele apenas jejuava, e de jejum em jejum fez a independência da Índia) para mover-nos a lutar por causas nobres e de uma maneira que tocasse nossos amigos e inimigos.

Petrus.

Análise de uma cena através do videocassete.

Um post que deve ser lido logo após o post de ontem, que está logo abaixo.

Leu-o? Então vamos adiante...


Como a carne é fraca, e o videocassete é confiável, revi a cena que levou à criação deste post em slow-motion. Notei uma coisa interessante.
Não era isso que você está pensando, e cá entre nós a própria empresa que editou o episódio deve ter verificado para que nenhum esperto blogueiro tivesse algo para notar. Blogueiros simpáticos e sem leitores como eu não são a preocupação, e sim os blogueiros com atitude similares às dos membros da santa Inquisição. Vale lembrar que ela ainda existe, embora fritando hereges com menos publicidade.
O que notei é que as duas mulheres envolvidas na cena não conseguiam deixar escapar um sorriso abafado diante do absurdo que estavam fazendo. Isabella Rosselini está vermelha por segurar seu riso na cena, e Tina faz algo parecido. Obviamente que este clima de "eu não acredito que estou fazendo esta cena ridícula na frente de uma câmera, portanto não seguro meu riso" iria estragar o clima da cena, mesmo sendo dita cena de um programa de humor. Sabiamente, então, os responsáveis pelo episódio aproveitaram o take que fizeram e colocaram sons de mulheres brigando sem muita compaixão, além de uma música apropriada para o clima e colocada lá pelo sortudo marido desta minha musa, que cuida da trilha sonora deste emprendimento. A mamata dá certo: só mesmo com o slow-motion é perceptível a realidade na mente e nos sorrisos das atrizes.

Momentos em que uma pessoa está decididamente se divertindo são sempre muito bons de se contemplar. Isto sim é um bom espetáculo. É por isto que filmes como "O âncora" e programas como "Whose Line is it Anyway" funcionam apesar de suas premissas bizarras. E é por isso que um dos quadros mais elogiados do "Saturday Night Live" é o quadro onde um por um os atores não conseguem segurar seus risos e aos poucos vão se retirando de cena porque não conseguem falar suas linhas no meio dos risos abafados. Destaque especial para o momento em que um dos comediantes tenta deixar de rir colocando pedaços gigantes de comida na boca.

Petrus.

PS: Eu ia escrever isto como um PS no post anterior. Não imaginei que ia ficar tão grande quanto ficou.

Um dia que seus ídolos acertam na lata.

Para quem é leitor costumeiro deste blog (ou seja, para um ou dois cidadãos, eu incluso) já não é nenhuma novidade meu apreço exacerbado por Tina Fey.

Pois bem. Hoje, em um episódio transmitido pelo canal Sony da série escrita e produzida pela dita cuja ("30 Rock") exibiu-a indo a uma festa em honra ao que seria o último Habsburgo vivo.
No dito episódio, não apenas ela se veste magnificamente para o evento como também ela (no papel de manda-chuva do pedaço) escala ninguém menos que Isabella Rosselinni, um ícone do cinema, para fazer uma pontinha no episódio como a ex-esposa do personagem de Alec Baldwin.

Algumas pessoas demonstram verdadeira coragem na hora de fazer uma cena digna. Um exemplo do oposto disso foi quando Katherine Heigl, de "Grey's Anatomy" e símbolo sexual muitíssimo mais que Tina Fey (acho que a Katherine é bem bonita por ser uma loira de olhos castanhos ao invés de azuis, e só), teve de fazer uma cena em que ficava nua na TV (e sendo que é a TV dos EUA, obviamente não mostrava partes pudendas) e só topou fazer a dita cena se toda a equipe de produção fizesse a tomada da cena igualmente nua.
Agora, um exemplo que não é oposto desta dita coragem. No episódio citado, da série criada, escrita e produzida por ela, Tina Fey finalmente fica como veio ao mundo. Na imagem ela está de costas, sem partes pudendas à vista, o que é bom porque senão ela nunca mais ia poder aparecer na TV estadunidense em paz. E, francamente, isto é um seriado de TV esmerado, não teatro londrinense.
Para adicionar a esta glória dúbia (pois afinal só eu devo ter vibrado como vibrei com a cena), ela é levada a tal estado ao ser nada mais nada menos que esbofeteada violentamente por uma Isabella Rossellini enfurecida. Isso sim é que é cena épica!

Não podendo então ficar tal momento não contado, cá ele está.

Ah sim, mas o título do post se referia a "ídolos". Plural. É que pouco antes, na reprise de Seinfeld do dia, Janeane Garofalo, outra excelente comediante que apesar de estar longe de ser uma sex-symbol mereceu um lugar no site do Iconófilo, apareceu no dito episódio reprisado vestida com uma daquelas roupas de seda de japonesas. Aquelas caem muito bem em toda uma gama de mulheres. Belo figurino!

Petrus.

PS: Não, Tina Fey não ganhou um lugar no site do Iconófilo. E não, não acho que ela merecia necessariamente um. O dito site envolve um certo fetiche em atrizes de segunda classe e/ou com pouco sucesso profissional, e este segundo ponto definitvamente não é inerente a esta moça.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Borat (filme)

Finalmente assisti ao filme "Borat" e acho que com isso fica sendo oficial: os Judeus detonam. Contando com Einstein, Seinfeld, e agora também com Sacha Baron Cohen (o Borat), tenho cada vez menos objeções que eles dominem o mundo.

Assistindo a este excelente filme, você primeiro vai rir. Depois você vai chorar de rir. Depois você vai engasgar ou cair da cadeira porque riu demais (eu, no caso, engasguei). E depois de tudo isso você vai pensar.
Porque Borat não é apenas engraçado, é uma lição de antropologia, um seminário sobre o processo civilizatório.

Borat viveu sua vida no Cazaquistão, em uma aldeia perdida no fim do mundo. Ele essencialmente é um bárbaro tribal vivendo junto com o restante de sua tribo. Os artefatos da civilização, como o rádio, o videocassete e a TV, são raridades para este povo, que quando obtém algum fiapo destas quinquilharias as mostram como troféus para os outros tribais. É algo parecido com o que os índios faziam com os espelinhos dos espanhóis e lusitanos.

E então este bárbaro vai para os EU da A. Pronto, está estabelecido o conflito de civilizações. Como Borat irá reagir quando descobrir um país em que as mulheres podem aceitar não querer serem estupradas?! Será que aquele frasco com lágrimas de ciganos irá protegê-lo da AIDS?! Como Borat se defenderá dos terríveis judeus que andam à solta naquele país?!

No meio do filme, encontramos estadunidenses das mais variadas estirpes. Temos desde o instrutor de trânsito benigno, que quer lhe ensinar a dirigir direitinho sem ser preso, até a alta sociedade do Alabama que aceita Borat em seu ambiente dando pouca atenção ao fato de que ele chama todos eles de retardados feios, mas que o expulsam de seu lar quando o hóspede pensa em deixar uma mulher negra dividir-lhe o alimento.

Memorável também é o discurso de Borat em um rodeio cheio de simpatizantes da guerra, em que o viajante é louvado por dizer "o Casaquistão apóia sua guerra de Terror!", mas é vaiado quando faz uma homenagem ao cantar o hino do Casaquistão na melodia do hino dos EUA.

Um filme ótimo para se rir e para atacar a ditadura do politicamente correto. Conheço alguns que não querem ver o filme por achar que ele deve ser cheio de baixarias. Duvido que tais pessoas manteriam sua opinião após ver o filme.

Petrus.

Botões ardilosos.

Depois de mais de 60 postagens, encontrei o botão elusivo que me permite colocar o horários das postagens segundo o fuso-horário de Brasília, e não o da Califórnia.

Finalmente!

Isso torna redundante ter dois relógios no mesmo blog, mas tudo bem. Um só já basta.

Deixei o relógio de cor Branca no Site. Pode reclamar nos comentários se você achava mais bonito o relógio preto.

Petrus.

terça-feira, 6 de março de 2007

A Verdade do Martelo Mjolnir (de Thor).

Sempre ouvi falar, quando o assunto era mitologia nórdica, sobre o martelo do deus Thor, que se chamava Mjolnir. Quase todo mundo sabe alguma coisa de Thor e que ele supostamente tinha um martelo mágico. Mas o fato de que o nome do martelo era "Mjolnir" é o tipo de coisa de que se gabavam os ditos estudiosos do assunto, de forma similar a que os conhecedores de El Cid proclamam saber que seu cavalo se chamava Bavieca (ou Babieca).

Bem, este pedaço de lenda, o do martelo Mjolnir, foi-se por terra. Stan Lee comenta, no filme "Mutantes, Monstros e Quadrinhos", que este nome é um nome inventado pelo seu irmão. O personagem que o usa é inspirado no deus Thor, que não foi invenção dele, mas o nome do martelo é inventado.

Stan Lee também defende que não existe pronunciação correta para o tal nome, visto que ele é inventado.

Petrus.

"Mutantes, Monstros e Quadrinhos" (documentário)

Acabo de ver uma cena em que um super-mutante, obviamente o "chefão" do jogo/filme "Resident Evil 2", seguir as ordens da empresa que o criou matar com facilidade um esquadrão dos melhores soldados da equipe de elite, que estava a serviço da própria empresa que criou o bicho. Fico imaginando que raio de empresa destruiria os próprios soldados que pagou para treinar e que deviam lealdade a ela só porque queria testar seu super-mutante novo, mas enfim.
Chega disso, vamos falar de um filme que presta.

"Resident Evil 2" tem zumbis e mutantes. "Mutantes, Monstros e Quadrinhos" tem um velhinho divertido. E não dá para fazer um filme ruim quando se tem um velhinho divertido.

"Mutantes, Monstros e Quadrinhos" é um documentário já pouco novo, de 2002, em que Stan Lee, criador do Homem-Aranha, X-Men e quase todo o panteão da Marvel dá uma entrevista sobre a história da criação de seus quadrinhos, bem como algumas curiosidades sobre como ele lidava com a empresa e quais eram os paradigmas dele como administrador da Marvel.

É um filme muito interessante para quem se interessa por processo criativo de livros, gibis e cinema, visto que ele fala muito sobre a relação entre imagem e história. E é também muito interessante as abordagens que Stan Lee faz do tema "relacionamento com clientes". Stan Lee mostra que ser um futuro velhinho divertido foi o segredo para a sua empresa vender mais que a DC comics, sua rival. A Marvel apostava na cativação de seu público fiel para crescer, e isto acabou dando certo para eles.

Para colocar a cereja no topo do bolo, os extras do DVD incluem Stan Lee recitando um poema de 13 minutos. O poema é magnífico. Você o pode ler aqui, mas lembre que está em inglês e que também não tenho certeza se o link vai estar disponível eternamente, visto que é um link de um fórum.

Este entra na minha lista de recomendações.

Petrus.

Resident Evil 2 (Cena de Filme)

Acabei de assistir ao documentário "Mutantes, Monstros e Quadrinhos", de Stan Lee, que é ótimo. Mas assim que o terminei de assistir, começava a passar o filme "Resident Evil 2" na TV.

Para quem não sabe, "Resident Evil" foi um videogame de sucesso. Virou um filme, e depois outro filme. Nunca joguei nenhum dos videogames da série. Assisti o primeiro filme. É ridículo.

Assisti agora os primeiros dez minutos de filme. Eis o que aconteceu:

- Na cena 1, a cidade está pacata, de repente o caos tomou conta quando as pessoas todas começaram a virar zumbis esfomeados comedores de gente.
- Na cena 2, a cidade já virou um cenário pós-apocalíptico.
- Um cientista da empresa "Umbrella", responsável pelos zumbis descontrolados, é evacuado da cidade. Ele pergunta se sua filha está bem. Vemos a filha dele sendo pega na escola. O carro onde ela está sofre um acidente. Close do carro capotado, escutarmos uma respiração.
- Uma mulher gostosa, com roupas azuis que fazem ela aparecer na multidão, chega na delegacia de polícia e atira em um zumbi na cabeça, falando delicadezas como "caralho, não sabem que é assim que se faz essa merda?!". Em uma inspeção mais detalhada percebo que a atriz que faz o papel é a linda Sienna Guillory. Suponho que obviamente a roupa azul dela é igual a que a personagem que ela imita do videogame usa.
- Milla Jojovich acorda, como acontece no final do primeiro filme, e vê que a cidade está destruída e seu corpo está com uma coceirinha bizarra.

Vamos brincar de adivinhar o final do filme?!

Sienna Guillory, que é uma das mocinhas, eventualmente se encontra com Milla Jojovich, a protagonista. As duas se juntam para matar zumbis e eventualmente resgatam a menininha que estava no acidente de carro. Depois de várias cenas de ação envolvendo tiros em cabeças, a menina lembra do que o pai falou para ela e usa o que quer que causa a coceira na nossa amiga Milla para achar uma cura para os zumbis. Pelo menos para os sem balas no crânio.

Bem, se eu terminar de ver este filme, vai ser por causa da Sienna Guillory. Ela bate um bolão muito superior ao da Milla Jojovich.

Petrus.

Longa vida às bobagens blogueiras!

Hoje adicionei dois relógios na barra lateral do blog. Um marca o horário que o blog usa para as minhas postagens. A outra mostra o horário que EU uso para isto.

Não tem utilidade prática nenhuma, é só mais um belo exemplo das bobagens nas quais nos enfiamos em nossa vida tediosa onde os mínimos detalhes se tornam importantes.

Podia ser pior. Eu podia ter nascido na idade da pedra e me preocupar com o que eu ia comer no dia seguinte ao invés do horário.

Petrus.

PS: Mais bobagens serão futuramente enfiadas na barra lateral do blog.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Quando se descobre que não se está sozinho no mundo. [1]

Existem momentos em que você descobre que não está sozinho no mundo, que mais um condenado tem a mesma pira que você.

Vá ver estas fotos da Sandy pelada (pode clicar, é seguro para o trabalho), e você que é leitor assíduo (ou que chegou agora e leu pelo menos uns 5 posts) entenderá a descoberta.

Aproveite e leia os comentários, que mostram que REALMENTE não estou só neste planeta.

Petrus.

domingo, 4 de março de 2007

A FOX surpreende novamente.

Ontem falei do incrível e imperdível filme "Obrigado por fumar".

Nos extras do filme, mais uma vez notamos sinais surpreendentes da FOX.

Em primeiro lugar, os extras do DVD são vários e interessantes, e isso em um DVD de uma empresa que a pouco tempo não incluía absolutamente nenhum extra em sesu DVDs.

O mais interessante, porém, é que esta mesma empresa, que tem nome igual ao da "FOX news", inclui um extra intressante que se trata de um mini-documentário sobre como não existe mais "verdade" em nosso mundo, só o "politicamente correto".
Neste extra encontramos diversos clips de falas do Bush mostrando como ele manipula seus discursos sobre a Guerra no Iraque.

Enquanto isso, a FOX news eleva Bush ao posto de vice de Jesus.

Curioso.

Petrus.

Alguma coisa está fora quando... [2]

... quando se vê a lista de "jogos mais populares" do site "HonestGamers". Ou, nesta linha, a de "críticas mais lidas" dos dito site de jogos.

Vamos por partes:

Se você ver a lista de "jogos mais bem cotados" no site, vai encontrar em primeiro e segundo lugar, pelo menos hoje, os jogos "El Viento" e "Shinobi 3", dois clássicos jogos de ação do Mega Drive com protagonistas (o Ninja que mais famoso da SEGA e uma mocinha peruana) divertidos e cheios de truques,bem como controles precisos em ambos. Eles estão no topo da lista porque todos os resenhistas do site deram a eles notas 10 em um monte de críticas consecutivas, justificando a posição. Para a sua época (começo dos anos 1990) eles eram realmente ótimos. Hoje, acho que não satisfariam o jogador comum.

Mas se você ver a lista dos "mais populares", baseados nas resenhas mais LIDAS... bem, vamos ver a lista como a encontro hoje (ela supostamente muda muito):

Primeiro lugar - RapeLay.
Segundo lugar - Battle Raper 2 - o Jogo. Agora é um bom momento para você ser esclarecido que "rape" quer dizer "estupro".
Quinto lugar - um jogo chamado Kimi ga Nozomu Eien, cuja tradução literal é "a eternidade que você deseja. Tradução sugerida pelo resenhista: "O Comedor de Putas".
Nono lugar - "Venha me ver esta noite 2". Imagine o porquê.

Lendo as resenhas destes jogos, descobri que todos fazem parte do gênero de "jogos hentai". Nunca joguei um, mas pelo que li se tratam de "jogos" onde você segue uma história e faz algumas escolhas nelas que o levam a "fazer coisas", consensualmente ou não, com mocinhas desenhadas em arte japonesa.
Aparentemente, tudo o que você faz nestes jogos é ler textos e ver imagens das ditas mocinhas fazendo várias coisas em graus variáveis de vestuário e angulos pernais.

Bem, dito isso, imagino que o melhor motivo para se ler tais resenhas é o fato de que elas tendem a ser muito, muito engraçadas. Nada como por exemplo a resenha de um jogo como "Water Closet", um jogo Hentai sobre banheiros e como limpadores de latrina são sexys. Sim, este o tema do jogo.

Ah, a Internet. Sempre cheia de boas leituras!

Vale notar que as notas mais comuns dadas a estes jogos, em geral, são notas "1" ou no máximo "3". Algumas notas são justificadas com a mensagem "Lembre-se garotada: estupro é ilegal".

Petrus.

PS: diz a resenha de "Battle Raper 2" que ironicamente neste jogo ninguém é estuprado.

PS2: mas nos outros, alguém é!

Jazz [2]

Hoje passei pelo Shopping Dungeons & Dragons (D&D). Fui lá almoçar porque eles têm música ao vivo. Um dia lá, em que eu não estava, uma banda cover dos Blues Brothers tocou. Hoje, que lá estive, tocou uma banda quase amadora que se valia de um belo baixo e de um Acordeão para tocar "Esperando na Janela", uma versão da música de "O Fantasma da Ópera" sem a voz de Sarah Brightman, e versões bem fracas de múicas de Piazzolla e Mozart. Não foi um bom dia musicalmente em meu almoço.

No entanto passei pela Saraiva de lá, que é bem pequena por sinal, e encontrei à venda por $16.90 o cd de Jamie Cullum "TwentySomething". Conheci este rapaz via uma reportagem na Playboy sobre Jazz. Já conhecia algumas músicas do CD, mas comprei-o devido ao bom preço. De passagem lá, encontrei também um CD de BB King, de 1989, por $20. Comprei-o também. Descobri em casa que este CD tem músicas em um estilo bem diferente do usual de BB King, o que é uma boa variada.

Faz muito tempo que não compro CDs, mas esta compra foi bastante fortuita, pelo visto. Não foi cara, e a música é excelente. Não foi um bom dia para Piazzolla e Mozart, mas o Jazz está satisfeito.

Petrus.

Futebol Paulista, Hino Nacional e 3 "Brasis".

Começa agora, na Globo, a transmissão da partida entre Corinthians e Palmeiras.
Como manda a lei do campeonato paulista, antes de todas as partidas do campeonato, é necessário executar o Hino Nacional Brasileiro. Meu pai acha isso uma idiotice, e algo que só "barateia" o hino.

Pessoalmente concordo com isso. Acho que, se for para tocar um hino no campeonato paulista, que seja o Hino do Estado de São Paulo, oras!
Na minha opinião existem 3 "Brasis".
O primeiro, envolvendo São Paulo, a maior parte de Minas Gerais e o sul do País, talvez mesmo o Rio de Janeiro, se trata de um país de primeiro mundo, praticamente, ao naipe dos EUA. O segundo envolve o Nordeste, e é um país praticamente Africano, cheio de problemas e com um governo mais corrupto (e mais impune) que o do sul do país. A sorte é que no Nordeste não há guerra civil/étnica.
O terceiro seria o Brasil "Amazônico". Esse se assemelha a um país asiático como o Vietnã, eu diria. Não tenho muito a comentar sobre este, acho que está melhor das pernas que o "Brasil Africano".

Esta divisão em "3 Brasis" é política, não cultural. Brasileiro é Brasileiro em qualquer lugar, e isso é um dos maiores méritos do nosso país, algo que a Europa e os EUA deveriam aprender a emular. No entanto, cada região tem problemas específicos, e tratar todos da mesma forma é um erro de nosso sistema de governo. Não acho que nosso governo seja 100% corrupto e ruim, ele só precisa ser melhor organizado, mais denunciado e menos assistencialista.

Acho que um bom início para um movimento nesta direção seria tocar o Hino Paulista ao invés do Nacional nos jogos de futebol. Quem sabe daí começa a tocar o Hino do Rio de Janeiro no campeonato Carioca, e começamos aos poucos a pensar o Brasil diferentemente?

Petrus.

PS: Que medida minúscula para salvar o país, não?! Bem, dizem que o importante são os detalhes.

Alguma coisa está fora quando... (1)

Alguma coisa está fora quando...

... você assiste a uma apresentação do tradicional monólogo do Saturday Night Live onde aparecem, vestidas iguais, Scarlett Johansson e Amy Poehler e, das duas, olha mais tempo para... Amy Poehler.

E acredito que a Amy concordaria comigo.

Petrus.

PS: Uma foi eleita em algum lugar como "mulher com peitos mais lindos do mundo", a outra foi alvo de uma piada por ter quase nenhum peito. Adivinhe qual é qual.

PS: Sim, este detalhe era visível com clareza na cena que descrevi. Não, não foi nisso que prestei atenção. Prestei atenção mesmo no fato de que ambas, que para mim eram loiras branquelas, quando colocadas lado a lado, se mostravam brancas uma mais branca que a outra. Não sou tão gamado em brancura quanto outros meus conhecidos, mas enfim, a diferença foi curiosa.

sábado, 3 de março de 2007

Obrigado por fumar (filme)

Mais um filme entra no rol dos filmes que todos os terráqueos deveriam assistir. É "Obrigado por fumar".

O filme trata de um nobre Lobby-ista. Um bravo representante da indústria do tabaco, um exemplo brilhante para todos os guerreiros que lutam por empresas cujos próprios consumidores abandonaram-nas à crítica, como a indústria do cigarro, do álcool, dos fabricantes de minas terrestres e dos escalpeladores de foquinhas bebês.

Obviamente que esta comédia de humor negro poderia tomar um rumo mais próximo a "O Senhor das Armas" e apostar que vamos rir das artimanhas dos negócios sujos da indústria em destaque (naquele, o tráfico de armas; aqui, o cigarro) e da falta de ética de seus operários. No entanto, este filme faz algo mais parecido com "Hooligans" e coloca de lado a dicotomia.
Nosso protagonista, Nick naylor (Aaron Eckhart no que deve ser o papel que lhe abrirá portas a outros filmes como protagonista) , pode trabalhar em uma empresa por motivos escusáveis apenas com o que ele chama de "Defesa de Nuremberg":

"Eu só queria pagar as contas".
Mas é difícil para nos, espectadores do filme, o odiar por completo, ou sequer um pouquinho. Sim, ele pode ter em seu currículo várias mortes de pessoas que fumaram por causa dele, mas por outro lado o ser humano Nick tem também seus méritos:

- Ele é um profissional excelente. Ponto.
Na primeira cena do filme, em que ele está em show no estilo de "Oprah" onde vai ser malhado por um garoto com câncer e pelo intelectual que levou a criancinha ao programa, Nick consegue com umas três ou quatro frases colocar o garoto do seu lado e o intelectual como um vilão matador de criancinhas. Sim, ele é tão bom assim. Fosse ele um personagem em um jogo de computador, ele seria o sacerdote de "Age of Empires", e o melhor deles.

- Não podemos odiar esse rapaz em um filme em que vemos as reais pessoas interessadas na queda da indústria do tabaco, as pessoas que ganham dinheiro com o choque das pessoas.
Do outro lado do campo de batalha, encontramos neste filme o exército do senador que quer ganhar votos dos anti-tabagistas por qualquer meio necessário, incluindo sequestro e coação de meninos com câncer.
Chegando pelos flancos, vemos cavalgando à batalha o exército da mídia, liderado por uma mocinha que topa uma prostituiçãozinha de boa se rolar algo publicável.

- Por fim, Nick é um excelente pai. Se todos os pais fossem como Nick, o mundo seria melhor e mais calmo.
Nick não quer seu filho morrendo de câncer de pulmão. Para que isso não ocorra, seu filho não está sendo educado a ser um "bom menino" que escuta "faça o que eu digo, não o que eu faço". Longe disso. Ele está sendo educado a escolher. Se ele quiser fumar, que fume, mas que não seja um hipócrita que "não sabe que faz mal". Convenhamos, isso não cola. Em outras palavras, seu pai lhe ensina algo que chamo de "bom senso".

Nietzche teria um dia feliz se por um acaso assistisse esse filme. Ele nos mostra que, no final das contas, não existe "bem e mal".
Existem palavras.

A professora do filho de Nick pede a seu aluninho que escreva uma redação entitulada "porque os EUA possuem o melhor governo do mundo". Nick fala para seu filho pouco mais que o seguinte:

"Isso é uma besteira. Afinal de contas, estão em jogo dois critérios aqui: 1- Será que os EUA realmente possuem o melhor governo do mundo?! 2- O que exatamente classifica um governo como "o melhor"?! Natalidade? Segurança? Votos?!"
"A única conclusão que se pode chegar neste caso é que não há como saber realmente se nosso governo é ou não o melhor."


Muito mais tarde, no filme, o garoto entrega sua redação. E tal redação é tão simples e tão profunda que pode alterar sua forma de ver o mundo.

Se você possui a capacidade de respirar e falar em público, faria bem em assistir esse filme.

Petrus.