sábado, 3 de março de 2007

Heights (Por Conta do Destino) (filme)

Este filme (Heights), com este título em português (Por Conta do Destino) que não lhe faz jus (o nome original quer dizer "alturas", e o nome em portguês é bobo demais), é certamente uma excelente surpresa que tive este ano.

O filme, com Glenn Close e Elizabeth Banks (uma mulher que merecia mais destaque do que vem recebendo), tem direção de um tal "Chris Terrio" e é baseado em uma peça teatral de uma certa "Amy Fox". Nunca ouvi falar destas pessoas, porém desde já sou fã deles.

O filme consegue ter uma típica trama daquelas que dá várias voltas e é cheia de revelações que mudam tudo. Ou seja, é um roteiro que cairia muito bem num filme de ação ou em uma série como "24 horas". Mas não é um filme de ação. É um filme sobre a vida moderna e o cotidiano. Bem, mais sobre a vida moderna (e as misturas entre profissionalismo e romance dos dias de hoje) do que sobre o cotidiano, mas de qualquer forma um filme sobre situações plausíveis com gente suficientemente humana.

Os personagens são bem explorados, cativantes e conseguem levar bem o filme. O roteiro, como mencionei, é siplesmente excelente, um dos melhores que já vi, e capaz da façanha de fazer um filme com reviravoltas que não envolvam conspirações, terrorismo ou governos ditatoriais, e sim gente comum. Vendo os extras do filme, percebe-se que o diretor estava disposto a penar para conseguir as coisas do seu jeito (como por exemplo filmar uma cena em um metrô usando um metrô de verdade como set), e que ele também teve de lidar com locações em Nova Iorque difíceis de obter e de filmar em uma época em que a maioria dos filmes sobre os EUA são filmados no Canadá, onde filmar é mais barato.

A sina este filme, e o que provavelmente faz com ele receba um "mísero" 7.1 no IMDB (não é tão mísero, mas "Querido Frankie" recebeu 7.8; estes dois filmes podiam trocar de notas) e que provavelment vai repelir 70% dos seus telespectadores é o fato de que o filme tem vários personagens gays. Não é do naipe de "Brokeback Mountain", e os personagens heterossexuais são mais importantes, mas é o suficiente para todo um rol de espectadores torcerem o nariz. Azar o deles.

Entra na minha lista de recomendações este excelente filme.

Petrus.

PS: O cantor Rufus Wainwright, que tem algumas músicas boas, faz um papel no filme de um dos gays que mencionei anteriormente. Por este filme percebi que ele, que é gay assumido, é pelo visto mais assumido do que eu imaginava. Acho que sua música é melhor que sua atuação (e sua visagem).

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