Este filme (Heights), com este título em português (Por Conta do Destino) que não lhe faz jus (o nome original quer dizer "alturas", e o nome em portguês é bobo demais), é certamente uma excelente surpresa que tive este ano.
O filme, com Glenn Close e Elizabeth Banks (uma mulher que merecia mais destaque do que vem recebendo), tem direção de um tal "Chris Terrio" e é baseado em uma peça teatral de uma certa "Amy Fox". Nunca ouvi falar destas pessoas, porém desde já sou fã deles.
O filme consegue ter uma típica trama daquelas que dá várias voltas e é cheia de revelações que mudam tudo. Ou seja, é um roteiro que cairia muito bem num filme de ação ou em uma série como "24 horas". Mas não é um filme de ação. É um filme sobre a vida moderna e o cotidiano. Bem, mais sobre a vida moderna (e as misturas entre profissionalismo e romance dos dias de hoje) do que sobre o cotidiano, mas de qualquer forma um filme sobre situações plausíveis com gente suficientemente humana.
Os personagens são bem explorados, cativantes e conseguem levar bem o filme. O roteiro, como mencionei, é siplesmente excelente, um dos melhores que já vi, e capaz da façanha de fazer um filme com reviravoltas que não envolvam conspirações, terrorismo ou governos ditatoriais, e sim gente comum. Vendo os extras do filme, percebe-se que o diretor estava disposto a penar para conseguir as coisas do seu jeito (como por exemplo filmar uma cena em um metrô usando um metrô de verdade como set), e que ele também teve de lidar com locações em Nova Iorque difíceis de obter e de filmar em uma época em que a maioria dos filmes sobre os EUA são filmados no Canadá, onde filmar é mais barato.
A sina este filme, e o que provavelmente faz com ele receba um "mísero" 7.1 no IMDB (não é tão mísero, mas "Querido Frankie" recebeu 7.8; estes dois filmes podiam trocar de notas) e que provavelment vai repelir 70% dos seus telespectadores é o fato de que o filme tem vários personagens gays. Não é do naipe de "Brokeback Mountain", e os personagens heterossexuais são mais importantes, mas é o suficiente para todo um rol de espectadores torcerem o nariz. Azar o deles.
Entra na minha lista de recomendações este excelente filme.
Petrus.
PS: O cantor Rufus Wainwright, que tem algumas músicas boas, faz um papel no filme de um dos gays que mencionei anteriormente. Por este filme percebi que ele, que é gay assumido, é pelo visto mais assumido do que eu imaginava. Acho que sua música é melhor que sua atuação (e sua visagem).
sábado, 3 de março de 2007
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