Enquanto escrevo aqui no blog, George W. Bush está no Brasil. Aliás, está hospedado em um hotel que pode ser visto daqui de minha janela.
Digo sobre isso: e daí?
Bush pode estar ao meu lado ou longe, Nos EUA ou no Iraque. No final das contas, ele é realmente problema dos estadunidenses. Os problemas do mundo e das guerras não são culpa dele, são de nós, humanos.
Imaginem só se houvesse aqui um atentado a Bush e ele fosse morto. Seria terrível para o país! Nada mais faríamos a não ser torná-lo subitamente um mártir e dar sinal verde para seu substituto, Dick Cheney, invadir o Brasil e matar gente.
A melhor coisa que os Brasileiros podem fazer é cobrar o seu presidente, o Lula, para que tenha pulso firme nas negociações com o texano. O Lula sim é problema nosso. Ele está onde está por causa do nosso voto (não foi o meu, mas enfim). Que faça algo que preste pelo menos. Vamos torcer para que o ditado esteja certo, que "os bêbados se entendem".
E quanto aos protestos Anti-Bush, ao invés de se fazer um protesto no melhor estilo "turba enfurecida", que já está ficando pouco eficiente, sugeriria outros protestos.
- Um protesto silencioso. Pedindo paz, justiça, ou qualquer outra coisa expressável em cartazes gigantescos. Hoje em dia, o silêncio pode ser uma arma fortíssima. O barulho e a violência em última análise dá a razão ao outro. O silêncio e a mera não-cooperação são difícieis de serem deslegitimados.
- Um protesto com palavras de ordem em inglês, "pra americano ver". Podíamos tentar mandar uma mensagem diretamente aos estadunidenses, as pessosas que podem realmente cortar o poder de Bush, para que eles vejam o que seu representante significa para o mundo. Enquanto o mundo inteiro grita com eles e diz que os odeiam, podíamos nos destacar da multidão sendo os únicos que querem efetivamente conversar com eles como se fossem gente, e não um "grande satã".
Infelizmente, porém, sei que no final das contas e dos protestos a emoção e a testosterona costumam tomar do manifestante comum. Que pena que o Brasil não tem um Ghandi, alguém que pudesse se valer de gestos simples (quando estava indignado, ele apenas jejuava, e de jejum em jejum fez a independência da Índia) para mover-nos a lutar por causas nobres e de uma maneira que tocasse nossos amigos e inimigos.
Petrus.
quinta-feira, 8 de março de 2007
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