quinta-feira, 8 de março de 2007

Bush no Brasil.

Enquanto escrevo aqui no blog, George W. Bush está no Brasil. Aliás, está hospedado em um hotel que pode ser visto daqui de minha janela.

Digo sobre isso: e daí?

Bush pode estar ao meu lado ou longe, Nos EUA ou no Iraque. No final das contas, ele é realmente problema dos estadunidenses. Os problemas do mundo e das guerras não são culpa dele, são de nós, humanos.

Imaginem só se houvesse aqui um atentado a Bush e ele fosse morto. Seria terrível para o país! Nada mais faríamos a não ser torná-lo subitamente um mártir e dar sinal verde para seu substituto, Dick Cheney, invadir o Brasil e matar gente.

A melhor coisa que os Brasileiros podem fazer é cobrar o seu presidente, o Lula, para que tenha pulso firme nas negociações com o texano. O Lula sim é problema nosso. Ele está onde está por causa do nosso voto (não foi o meu, mas enfim). Que faça algo que preste pelo menos. Vamos torcer para que o ditado esteja certo, que "os bêbados se entendem".

E quanto aos protestos Anti-Bush, ao invés de se fazer um protesto no melhor estilo "turba enfurecida", que já está ficando pouco eficiente, sugeriria outros protestos.

- Um protesto silencioso. Pedindo paz, justiça, ou qualquer outra coisa expressável em cartazes gigantescos. Hoje em dia, o silêncio pode ser uma arma fortíssima. O barulho e a violência em última análise dá a razão ao outro. O silêncio e a mera não-cooperação são difícieis de serem deslegitimados.
- Um protesto com palavras de ordem em inglês, "pra americano ver". Podíamos tentar mandar uma mensagem diretamente aos estadunidenses, as pessosas que podem realmente cortar o poder de Bush, para que eles vejam o que seu representante significa para o mundo. Enquanto o mundo inteiro grita com eles e diz que os odeiam, podíamos nos destacar da multidão sendo os únicos que querem efetivamente conversar com eles como se fossem gente, e não um "grande satã".

Infelizmente, porém, sei que no final das contas e dos protestos a emoção e a testosterona costumam tomar do manifestante comum. Que pena que o Brasil não tem um Ghandi, alguém que pudesse se valer de gestos simples (quando estava indignado, ele apenas jejuava, e de jejum em jejum fez a independência da Índia) para mover-nos a lutar por causas nobres e de uma maneira que tocasse nossos amigos e inimigos.

Petrus.

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