Finalmente assisti ao filme "Borat" e acho que com isso fica sendo oficial: os Judeus detonam. Contando com Einstein, Seinfeld, e agora também com Sacha Baron Cohen (o Borat), tenho cada vez menos objeções que eles dominem o mundo.
Assistindo a este excelente filme, você primeiro vai rir. Depois você vai chorar de rir. Depois você vai engasgar ou cair da cadeira porque riu demais (eu, no caso, engasguei). E depois de tudo isso você vai pensar.
Porque Borat não é apenas engraçado, é uma lição de antropologia, um seminário sobre o processo civilizatório.
Borat viveu sua vida no Cazaquistão, em uma aldeia perdida no fim do mundo. Ele essencialmente é um bárbaro tribal vivendo junto com o restante de sua tribo. Os artefatos da civilização, como o rádio, o videocassete e a TV, são raridades para este povo, que quando obtém algum fiapo destas quinquilharias as mostram como troféus para os outros tribais. É algo parecido com o que os índios faziam com os espelinhos dos espanhóis e lusitanos.
E então este bárbaro vai para os EU da A. Pronto, está estabelecido o conflito de civilizações. Como Borat irá reagir quando descobrir um país em que as mulheres podem aceitar não querer serem estupradas?! Será que aquele frasco com lágrimas de ciganos irá protegê-lo da AIDS?! Como Borat se defenderá dos terríveis judeus que andam à solta naquele país?!
No meio do filme, encontramos estadunidenses das mais variadas estirpes. Temos desde o instrutor de trânsito benigno, que quer lhe ensinar a dirigir direitinho sem ser preso, até a alta sociedade do Alabama que aceita Borat em seu ambiente dando pouca atenção ao fato de que ele chama todos eles de retardados feios, mas que o expulsam de seu lar quando o hóspede pensa em deixar uma mulher negra dividir-lhe o alimento.
Memorável também é o discurso de Borat em um rodeio cheio de simpatizantes da guerra, em que o viajante é louvado por dizer "o Casaquistão apóia sua guerra de Terror!", mas é vaiado quando faz uma homenagem ao cantar o hino do Casaquistão na melodia do hino dos EUA.
Um filme ótimo para se rir e para atacar a ditadura do politicamente correto. Conheço alguns que não querem ver o filme por achar que ele deve ser cheio de baixarias. Duvido que tais pessoas manteriam sua opinião após ver o filme.
Petrus.
quarta-feira, 7 de março de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Eles já dominam o mundo...
Postar um comentário